A Associação Nacional dos Exportadores de Algodão manifestou preocupação com o possível atraso nas entregas das exportações de algodão em função do atraso do início da colheita, falta de caminhões e menor oferta de contêineres. A preocupação também se estende a entregas no mercado interno.
“A safra brasileira já inicia, em grande parte, comercializada, com compromissos de embarque tanto para o mercado interno quanto para exportação. Com o atraso da colheita e o problema de disponibilidade de caminhões, quando o fluxo para embarques começou a ganhar força, a demanda acumulou”, disse o presidente da associação, Henrique Snitcovski.
Segundo ele, “os contratos de exportação que não foram cumpridos em julho tiveram de ser rolados para agosto, competindo com os compromissos naturais do período, e o resultado foi um overlap”. A situação piora em função da redução de rotas de navios com menos importações e menor disponibilidade de contêineres.
Como alternativa, a Associação Baiana dos Produtores de Algodão articula a retomada das exportações pelo porto de Salvador, além de um fluxo maior de cargas.
“Já estão sendo estudados os custos dos embarques pela capital baiana. Hoje, rotas para Paquistão, Turquia e Bangladesh já estão em operação e a Abapa está buscando linhas para China e Singapura. Essa pode ser a solução para os problemas, não apenas da Bahia, como do Piauí e do Maranhão”, disse Júlio Busato, presidente da associação. Os principais destinos do algodão brasileiros são países asiáticos.
Fonte: Agrolink