Linhas de crédito liberadas para produtor de leite e indústria são consideradas “socorro” para manter a atividade

Na última semana, o Conselho Monetário Nacional (CMN) liberou duas linhas de crédito voltadas para o setor da bovinocultura leiteira, sendo uma direcionada ao produtor e outra à indústria e beneficiamento. Segundo o Superintendente Técnico da Confederação Nacional da Agricultura (CNA), Bruno Lucchi, as medidas já estão valendo, e devem vigorar até dia 30 de junho deste ano, dando fôlego à cadeia até o início do Plano Safra.

As medidas haviam sido pleiteadas pela CNA ao governo federal como “socorro” à cadeia leiteira, com o índice de 3,10% de endividamento entre os setores do agronegócio em 2020, segundo dados do Banco Central informados por Lucchi.

“Foi preciso fazer estas solicitações, entre outras, como a prorrogação de financiamentos já tomados pelo produtor, liberação de importação de outras variedades de milho transgênico e suspensão do PIS/Cofins para insumos de alimentação animal, para tentar tirar a pressão sobre as margens do setor”, disse o superintendente da CNA.

Lucchi acrescentou que estas alternativas de crédito já são conhecidas pelo setor, mas que estavam desativadas. No caso do produtor, uma das medidas do CMN foi conceder a ampliação de um para dois anos para o crédito de custeio para a retenção de matrizes.

Já para a área de beneficiamento e industrialização do leite foi destravado o Financiamento para Garantia de Preços ao Produtor (FGPP), com limite de crédito de até R$ 65 milhões, taxa de juros de 6% ao ano e prazo de reembolso de até 240 meses.

“O momento para a bovinocultura de leite é crítico”, disse Lucchi. “De um lado temos a indústria vendendo produtos a preços baixos devido à grande oferta, ou ameaçando parar de comprar o leite do produtor por não conseguir escoar a produção. De outro, temos o produtor que está recebendo menos pelo leite produzido, a atratividade da arroba bovina, que pode fazer com que ele venda matrizes, e o alto preço do milho, também tornando atraente a venda da silagem”.

 

 

Fonte: Notícias Agrícolas

Equipe SNA

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