A senadora Kátia Abreu passou o cargo de presidente da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) para João Martins Jr., presidente da Federação da Agricultura da Bahia, na noite desta terça, dia 3. O motivo, de acordo com a parlamentar, é dedicar mais tempo à sua reeleição para o Senado.
Durante a solenidade, Kátia Abreu disse que considera que o Código Florestal e a Lei dos Portos foram conquistas importantes dos dois mandatos que teve à frente da entidade, desde 2008, e rebateu críticas de que não tem defendido os interesses do setor produtivo.
– Eu nunca deixei de defender aquilo que eu acredito. Tenho personalidade, tenho meus princípios muito bem consolidados, sou extremamente liberal, e acho que a interlocução com o governo federal tem sido muito útil para os produtores. Não significa que nós estamos no melhor dos mundos, mas poderia estar muito pior se nós não tivéssemos essa interlocução – afirmou.
A senadora, que trocou o PSD pelo PMDB, também garantiu apoio à reeleição da presidente Dilma Rousseff.
– Eu não votei, não apoiei a primeira eleição da presidente Dilma, muito ao contrário, trabalhei contra, votei no José Serra. Mas devo confessar, com toda a franqueza, que ela me surpreendeu positivamente em vários pontos de atendimento ao setor agropecuário e na compreensão deste setor. Não temos e não teremos um presidente que atenderá amplamente um setor. O meu voto, o voto da Kátia Abreu, o meu apoio no meu Estado ela terá.
Kátia Abreu também garantiu que está confiante na disputa pela presidência da CNA. As eleições ocorrem em outubro. O principal oponente deve ser o ex-presidente da Federação da Agricultura de Mato Grosso, Rui Prado, que se licencia do cargo nesta quarta, dia 4.
– É uma questão da democracia, a CNA cresceu bastante e é objeto de desejo de muitos. Eu fico feliz que as pessoas queiram estar na CNA. Esses desejos são compreensíveis, mas eu deixo as coisas com muita tranquilidade. Nós somos só 27 votos, uma chapa que tem 13, e aquele que tiver a melhor articulação e o melhor entendimento dos colegas que seja o vencedor. Se o meu opositor for o vencedor, eu darei o meu apoio totalmente.
Liderança da Famato
Rui Prado se licencia da Famato nesta quarta, dia 4. Ele, que é filiado ao PSD, vai intensificar as articulações e está com o nome à disposição do partido para até mesmo disputar o comando do Palácio Paiaguás. Representante da principal classe econômica do Estado, Rui Prado entra em campo para dar mais força também a um possível projeto de independência do PSD. Em seu lugar, assume o vice-presidente Normando Corral.
Fonte: Canal Rural