A pesquisa diária do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) registrou uma nova queda de 0,89% nos preços médios pagos na região de Campinas, principal praça de referência do País, para R$ 36,32/saca. No mês de julho, que se encerrou ontem, os preços caíram nada menos do que 6,51%, indicou a T&F Consultoria Agroeconômica.
“Vendedores continuam segurando o milho nos silos para venda no mercado spot, seja para exportação ou para o mercado interno. Com isso, têm sido negociados apenas lotes pontuais, já que as cotações não alcançam os patamares pretendidos pelos produtores”, disse o analista da T&F, Luiz Pacheco. “Além disso, boa parte da safra de inverno, em plena colheita, já foi vendida antecipadamente e o produtor aproveita para especular com o grão armazenado”.
Segundo o analista, os compradores, por sua vez, adquirem milho apenas em caso de necessidade, em pequenas quantidades, sobretudo no mercado interno, tentando evitar uma escalada de preços. “Contudo, mesmo com a cautela da agroindústria em adquirir grandes lotes, os preços devem continuar a subir, em função da quebra da safra de milho nos Estados Unidos”, afirmou.
Os preços oferecidos para exportação, por vendedores distantes 600 km do porto, recuaram para R$ 31,35 (R$ 32,16 do dia anterior) para setembro; R$ 33,65 (R$ 34,46) para dezembro e R$ 34,80 (R$ 35,56) para março de 2020.
Mesmo subindo, o dólar não estimulou as vendas. Já o milho importado do Paraguai chegaria ao oeste do Paraná ao redor de R$ 32,98 (R$ 32,75 anterior); ao oeste de Santa Catarina próximo a R$ 36,20 (R$ 35,95) e ao extremo oeste de SC em torno de R$ 35,74 (R$ 35,49)/saca.
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