China, Colômbia e México são os mercados que a indústria brasileira do arroz projeta como potenciais países para a exportação. Em solenidade realizada na quinta-feira (26/4), foi feita a assinatura da renovação do convênio entre a Apex-Brasil (Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos) e a Associação Brasileira da Indústria do Arroz (Abiarroz). O evento realizado no Hotel Deville contou com a presença de líderes do setor. A apresentação inicial foi feita pelo presidente da Apex-Brasil, Embaixador Roberto Jaguaribe Gomes de Mattos que salientou a importância das exportações para o desenvolvimento econômico do setor.
“Passamos por um esforço de abertura comercial de novos parceiros. Muitas vezes esquecemos que somos um grande país, geograficamente, economicamente e demograficamente. Não podemos atuar como país pequeno, temos que agir como um país grande”, disse.
O presidente da Abiarroz , Elton Doeler, lembrou que o objetivo é tornar o Brasil um player reconhecido no comércio internacional pela sua qualidade, capacidade produtiva e segurança alimentar.
“Essa ação é fundamental, pois geralmente há uma produção excedente de arroz no Brasil e o canal de exportação de um produto já industrializado se torna muito importante”, disse.
O secretário estadual da Agricultura, Pecuária e Irrigação, Odacir Klein, ressaltou a importância do incentivo a exportação de arroz.
“O mercado internacional para o arroz tem condições de ser expressivo, permitindo que tenhamos melhores preços para os nossos produtores. No caso específico do Rio Grande do Sul, que é o grande estado produtor, todas as buscas de alternativas são importantes. Por isso, trabalhar com a Apex-Brasil é fundamental e essa iniciativa é elogiável” disse.
Os destaques, atualmente são para nações como Cuba, Peru, Senegal, Venezuela, Serra Leoa, Iraque, Nicarágua, Bolívia, Gambia e Estados Unidos. Os mercados considerados prioritários para que sejam comercializados produtos brasileiros são Peru, EUA, Arábia Saudita, Panamá e Reino Unido e China, Colômbia e México como prioridade para abertura comercial e sanitária.
“No caso do México, é necessário destravar a importação do arroz beneficiado com análise de risco de pragas. Para o mercado colombiano, o principal entrave é vencer barreiras técnicas que impedem a entrada do produto brasileiro. Já a China é considerada como um mercado de imenso potencial. Já existe um avanço importante nas tratativas, sendo necessária liberação de requisito fitossanitários para importação do arroz brasileiro pela China” disse o gerente do projeto Brazilian Rice, Gustavo Ludwig.
O mercado peruano é considerado como um importante polo de manutenção de negócios. O trabalho realizado no convênio atual propiciou o aumento de empresas exportadoras para este destino e o aumento do volume exportado. O consumo per capita dos peruanos situa-se entre 55 e 60 kg/ano, praticamente o dobro do consumo brasileiro.
Arábia Saudita, Panamá, Estados Unidos e Grã Bretanha são considerados países com potencial de prospecção.
O programa Brazilian Rice tem o objetivo de aumentar e consolidar as exportações brasileiras de arroz beneficiado (descascado, branco, integral, orgânico e parbolizado), incluindo produtos derivados do arroz (óleo, farinhas, bolachas e massas). Entre as ações realizadas pelo projeto estão a exibição em estande coletivo em feiras; promoção de rodadas de negócios; ações de capacitação empresarial e pesquisa de mercado. As próximas ações a serem promovidas pelo Brazilian Rice são o curso de capacitação Unisinos, o evento Rice Convention e as feiras Expoalimentaria no Peru e Americas Food and Beverage, nos Estados Unidos.
Ações realizadas desde 2012
4 edições da feira Expoalimentaria Peru.
2 edições da feira Americas Food and Beverage, em Miami.
4 participações com destaque na Rice Market & Technology Convention.
1 edição da feira FOODEX Saudi, na Arábia Saudita.
1 edição da feira Espacio Food e Service, no Chile.
Projeto Vendedor CUBA 2014.
5 participações na feira Gulfood, em Dubai.
3 participações na feira SIAL, em Paris.
4 participações na feira Anuga, na Alemanha.
Prospecções de mercado nos Estados Unidos (Miami e Chicago), Angola, Chile, África do Sul e Arábia Saudita.
Fonte: Agrolink