Índice de preços de alimentos da FAO registra a maior alta desde outubro de 2010

O Índice de Preços de Alimentos da Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO) teve média de 127,10 pontos em maio, 4,80% (5,80 pontos) acima do mês anterior e 39,70% (36,10 pontos) maior do que o do mesmo mês de 2020.

O aumento de maio representou a maior alta mês a mês desde outubro de 2010 e também marcou o décimo segundo aumento mensal consecutivo.

O índice está apenas 7,60% abaixo do pico de 137,60 pontos registrados em fevereiro de 2011. Segundo a FAO, a forte alta em maio refletiu o aumento nos preços de óleos, açúcar e cereais, junto aos preços mais firmes de carnes e laticínios.

Cereais

O Índice de Preços de Cereais da FAO teve média de 133,10 pontos em maio, 6% (7,60 pontos) em comparação com abril e 36,60% (35,70 pontos) acima de seu valor de maio de 2020.

Entre os principais produtos, os preços internacionais do milho foram os que mais subiram, ganhando 8,80% (12,90 pontos) em maio, e atingindo 89,30% (75,60 pontos) acima do valor do ano passado. Foi o seu nível mais alto desde janeiro de 2013.

“Perspectivas de produção rebaixadas para o Brasil aumentaram a pressão em relação à oferta global já apertada em meio a forte demanda sustentada. No entanto, no fim do mês, os preços do milho começaram a recuar, principalmente na expectativa de perspectivas de maior produção nos Estados Unidos”, explicou a FAO.

Óleo vegetal

Já o Índice de Preços do Óleo Vegetal da FAO teve média de 174,70 pontos em maio, ganhando 7,80% (12,70 pontos) no mês a mês e marcando o décimo segundo aumento mensal consecutivo. A FAO informou que “a força contínua do índice reflete principalmente os preços crescentes dos óleos de palma, soja e colza”.

Laticínios e carnes

Com relação aos preços de laticínios, o Índice da FAO teve média de 120,80 pontos em maio, 1,50% (1,70 pontos) acima de abril, marcando um ano de aumentos ininterruptos e elevando o valor 28% (26,40 pontos) acima de seu nível de um ano atrás. No entanto, o índice ainda está 22,80% abaixo de seu pico alcançado em dezembro de 2013.

Já o Índice de Preços de Carne da FAO teve média de 105,00 pontos em maio, 2,20% (2,30 pontos) acima de abril, registrando o oitavo aumento mensal e elevando o índice 10% acima de seu nível de um ano atrás, mas ainda quase 12% abaixo de seu pico atingido em agosto de 2014.

Para a Organização, “as cotações de todos os tipos de carnes representadas no índice aumentaram, principalmente, por causa de um ritmo mais acelerado de importação pelos países do Leste Asiático, inclusive a China”.

Açúcar

Segundo o acompanhamento de preços do açúcar pela FAO, o Índice teve média de 106,70 pontos em maio, 6,80% (6,80 pontos) acima de abril, registrando o segundo aumento mensal consecutivo e o maior nível desde março de 2017.

O aumento nas cotações internacionais do açúcar foi principalmente relacionado ao atraso na colheita e preocupações sobre a redução da produção no Brasil, considerando que as condições de tempo seco prolongado provocaram impacto no desenvolvimento da safra, concluiu a FAO.

 

 

Fonte: Estadão Conteúdo

Equipe SNA

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