Índice de preço de alimentos da FAO fica estável em outubro

O Índice mensal de preços dos alimentos da Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO), divulgado nesta quinta-feira (6/11), manteve-se praticamente estável em outubro em relação ao mês anterior. A alta nas cotações de óleos vegetais e açúcar foram compensadas pela queda nos preços de leite e de carne, enquanto os cereais mantiveram-se estáveis. O indicador caiu para 192,3 pontos, a sétima queda mensal consecutiva, um pouco abaixo de 192,7 pontos, verificado em setembro passado, mas 14,3 pontos (6,9%) inferior ao nível de um ano atrás.

O ligeiro declínio contínuo no índice é “muito bom para os países importadores de alimentos”, informou a economista sênior da FAO, Concepción Calpe.

O índice de preço do açúcar alcançou média de 237,6 pontos em outubro, elevação de 9,5 pontos (4,2%) ante setembro. Conforme a FAO, a alta foi impulsionada pelo relato de uma menor safra de cana-de-açúcar em áreas prejudicadas pela estiagem no Brasil. No segmento de óleos vegetais, o indicador atingiu 163,7 pontos, alta de 1,6 pontos (1%) em comparação com setembro, interrompendo uma tendência de queda iniciada em abril passado.

A FAO explica que o óleo de palma contribuiu fortemente para a reversão da queda, com a lentidão na produção da Malásia e da Indonésia, combinada com um aumento da demanda global. Em contrapartida, os preços de óleo de soja enfraqueceram ainda mais, pressionados pela perspectiva de ampla disponibilidade do produto. O indicador de preço do leite da FAO caiu para 184,3 pontos no mês passado, representando baixa de 3,5 pontos (1,9%) em comparação com setembro e 66,8 pontos, ou 26,6%, inferior há um ano.

A Europa enfrenta aumento da produção de manteiga e leite em pó, enquanto a Rússia proibiu a importação de queijos. Já o índice de preço da carne registrou média de 208,9 pontos em outubro, 2,3 pontos (1,1%) abaixo do resultado de setembro. De acordo com a FAO, a produção de suínos se recupera em diversos países, depois de prejuízos provocados pela diarreia epidêmica suína, que dizimou plantéis.

O rebanho bovino também cresce na Austrália, empurrando para baixo os preços da carne. Com relação aos preços dos cereais, o índice da FAO apresentou média de 178,4 pontos em outubro, praticamente inalterado em comparação com o mês anterior, mas 18,2 pontos (9,3%) inferior a 12 meses atrás. A FAO cita, porém, atraso na colheita de milho nos Estados Unidos e a deterioração das perspectivas para a safra de trigo da Austrália. Os preços do arroz caíram com a recente colheita que chegou ao mercado.

 

Fonte: Globo Rural

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