Após sete meses seguidos em alta, o Índice de Poder de Compra de Fertilizantes (IPCF) fechou em 1,50 em janeiro, com queda em relação a dezembro (1,69), retornando aos patamares de outubro do ano passado. Na prática, isso significa um cenário mais positivo para a aquisição do insumo por produtores rurais.
Os principais motivos para essa melhora são os preços das commodities agrícolas, sobretudo soja, milho e algodão, que tiveram alta em relação ao último mês devido às quebras de safra anunciadas após eventos climáticos adversos, principalmente na região Sul.
O preço médio dos fertilizantes registrou queda em janeiro, liderado principalmente pelos nitrogenados, que têm a janela de comercialização se fechando no Brasil e encontrando pouco suporte de outras geografias.
Por outro lado, foi observado um reajuste para o potássio no período e o mercado segue observando a evolução das questões macroeconômicas envolvendo a Bielorrússia, além da crise entre Rússia e Ucrânia. Importante salientar que a demanda global, assim como no Brasil, continua forte. Aliada aos fatores mencionados, suportam os preços.
Otimismo
Apesar dos eventos climáticos, a rentabilidade das principais lavouras no Brasil continua positiva e há otimismo para a safra 2021/2022.
A quarta estimativa da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), divulgada em janeiro, aponta para um aumento na produção de grãos em relação à temporada 2020/21. Segundo o levantamento, o Brasil deve produzir um volume total de 284.4 milhões de toneladas, com alta de 12,50% ou de 32 milhões de toneladas.
O Índice de Poder de Compra, divulgado mensalmente pela Mosaic Fertilizantes, consiste na relação entre indicadores de preços de fertilizantes e de commodities agrícolas.
Fonte: Mosaic Fertilizantes
Equipe SNA