Soja: vendedores que anteciparam negócios agora se retraem no spot
Atentos à possibilidade de menor oferta em relação à esperada anteriormente na América do Sul, produtores brasileiros se retraíram nas comercializações no mercado spot, segundo pesquisas do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea).
Essa restrição na oferta segue mantendo firmes os preços no Brasil, ao mesmo tempo em que as cotações na Argentina cederam, gerando a possibilidade de que contratos de exportação sejam redirecionados do Brasil para o país vizinho.
Sojicultores domésticos, embora estejam retraídos nas comercializações da safra 2018/19, já tentam negociar lotes da safra 2019/20, para entrega no primeiro trimestre do próximo ano. Isso porque, enquanto as ofertas da atual safra não chegam a R$ 80,00/saca de 60 kg, os preços para entrega em 2020 estão entre R$ 82,00 e R$ 83,00/saca de 60 kg. Porém, compradores estão cautelosos nas aquisições, o que resulta em baixa liquidez.
Milho: avanço da colheita não impede sustentação de preços
As cotações de milho continuam firmes no mercado brasileiro, sustentadas pelo bom ritmo das exportações, segundo indicam pesquisadores do Cepea. Além disso, vendedores estão cautelosos em negociar grandes volumes. Esse cenário de alta tem sido observado na maior parte das praças acompanhadas, com exceção do Rio Grande do Sul, mesmo com o avanço da colheita.
Entre 31 de janeiro e 8 de fevereiro, o Indicador Esalq/BM&FBovespa, referente à região de Campinas (SP), apresentou aumento de 1,68%, fechando a R$ 39,99/saca de 60 kg na sexta-feira (8). Quanto à exportação, em janeiro, o volume foi de 4.22 milhões de toneladas, 40% superior ao embarcado no primeiro mês de 2018, segundo dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex).
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