Milho: valor real de abril é o menor desde setembro de 2014
Apesar das recentes reações em algumas praças, a cotação média do milho encerrou abril no menor patamar mensal desde setembro de 2014, em termos reais (IGP-DI de mar/2017), de R$ 28,32/saca de 60 quilos, conforme o Indicador Esalq/BM&FBovespa (Campinas – SP). O valor indicou queda de 16% sobre março.
Segundo pesquisadores do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), a expectativa de produção recorde, impulsionada pelas condições favoráveis à segunda safra, continua prevalecendo como principal fator de pressão compradora. Vendedores, por sua vez, aguardam os leilões anunciados pelo governo a partir desta semana, na tentativa de sustentar as cotações no médio prazo.
Soja: preço reage no fim do mês, mas média de abril é a menor desde julho de 2010
Os preços internos da soja estão em alta, impulsionados pela valorização do dólar, o que torna o produto brasileiro mais atraente para os agentes externos. No mercado doméstico, conforme pesquisadores do Cepea, a procura pelas indústrias também está aquecida, levando esses compradores a aceitarem preços mais elevados. A alta neste final de abril, entretanto, não foi suficiente para impedir que os preços médios mensais renovassem as mínimas.
Os valores são os mais baixos desde julho de 2010, em termos reais (IGP-DI de março/2017). No spot, a média mensal do Indicador Paranaguá Esalq/BM&FBovespa caiu 6% de março para abril, ficando em R$ 65,82/saca de 60 kg. Já a média mensal do Indicador Cepea/Esalq Paraná, de R$ 61,16/saca, foi 5,8% inferior à de março e a menor desde julho de 2010, em termos reais.
Mandioca: processamento aumenta 18% na semana
A cada semana tem aumentado o volume comercializado de mandioca com menos de um ciclo, segundo levantamento do Cepea. Em algumas indústrias, a raiz da nova safra representou mais de 40% da moagem total na última semana. Entre 24 e 28 de abril, foram processadas 33.100 toneladas nas fecularias, quantidade 18,2% maior que a da semana anterior.
Já no mês, o volume moído, de 122.800 toneladas, foi 29,5% menor que o de março e 60,3% inferior ao de igual período de 2016. Por outro lado, a disponibilidade de mandioca de segundo ciclo para colheita é baixa e ainda pode diminuir nos próximos dias. A maior parte se concentra em poucos produtores, que vêm comercializando pontualmente, seja para liberar áreas ou para se capitalizar.
Banana: menor demanda e acúmulo de frutas na roça pressionam a nanica
As cotações da banana nanica caíram 18% no Vale do Ribeira (SP) na última semana. Segundo pesquisadores do Hortifruti/Cepea, os recentes feriados reduziram a procura pela variedade, acarretando em um pequeno acúmulo de fruta nas roças.
Além disso, alguns produtores afirmam ter notado leve aumento na oferta, o que também pode ter influenciado na queda das cotações. O mercado está mais estável para a prata litoral na região, para a qual a demanda está firme e o volume baixo, com previsão de aumento apenas nos próximos meses.
Fonte: Cepea/Esalq