Melancia: fruta se desvaloriza 25,2% no Tocantins
As cotações da melancia registraram queda nas regiões produtoras de Tocantins e Goiás nesta semana (14 a 18/8). No geral, o recuo foi resultado do acúmulo de frutas na lavoura, causado pela diminuição da demanda na região Sudeste, onde o clima esteve mais frio e chuvoso, segundo colaboradores do Hortifruti/Cepea.
A melancia graúda (>12 kg) foi comercializada em média a R$ 0,33/kg em Lagoa da Confusão e Formoso do Araguaia (TO) e a R$ 0,41/kg em Uruana (GO), com quedas de 25,2% e 6,8%, respectivamente. Nas lavouras goianas, além da maior proximidade aos principais centros de comercialização, o recuo foi menor em função da diminuição do volume disponível para colheita nesta semana.
Para a próxima semana, não se esperam muitas alterações nos preços devido à oferta firme nas lavouras, principalmente no Tocantins, e à proximidade do fim de mês, período com menor número de vendas. Mais informações no site www.hfbrasil.org.br.
Manga: preços caem em nível nacional
Nesta semana (14 a 18/8), atacadistas e produtores não “escaparam” da queda das cotações no mercado interno, devido ao elevado volume e à baixa demanda, que limitaram a reação do mercado. Segundo agentes consultados pelo Hortifruti/Cepea, a frente fria que chegou a São Paulo atrapalhou as vendas no atacado, já que a fruta tropical não combina com o clima ameno, na visão dos consumidores. O impacto chegou até as roças de todo o país.
Em Livramento de Nossa Senhora (BA), a Palmer foi vendida à média de R$ 1,93/kg, enquanto a Tommy foi comercializada por R$ 0,95/kg, com queda de 5% e 10% respectivamente, em relação à semana passada. A baixa nos preços de todas as regiões refletiu o comportamento do atacado paulistano: Tommy com redução de 17% em relação à última semana, comercializada à média de R$ 2,60/kg, e Palmer em queda de 16% na mesma comparação, vendida a R$ 2,60/kg. Mais informações no site www.hfbrasil.org.br.
Citros: com pressão compradora, laranja pera se desvaloriza
A procura por laranja in natura está baixa nesta semana frente à anterior. Segundo colaboradores do Cepea, além do clima chuvoso e da queda das temperaturas em São Paulo, uma das grandes processadoras do estado reduziu o valor ofertado pela variedade no mercado spot, o que tem preocupado citricultores e comerciantes quanto a uma possível desvalorização da fruta também no mercado de mesa.
Nesse cenário, a pera registrou média de R$ 17,08/caixa de 40,8 kg, na árvore, na parcial desta semana (de segunda a quinta-feira), com leve baixa de 0,2% em relação ao período anterior.
Frango: procura elevada impulsiona valores dos cortes
Os preços dos cortes de frango estão em patamares ainda mais elevados que nos últimos dias. Segundo pesquisadores do Cepea, a alta esteve atrelada à forte demanda por cortes específicos para churrasco, principalmente em função do Dia dos Pais, na região Sudeste do país.
Na Grande São Paulo, o preço do drumete subiu para R$ 5,98/kg na quinta-feira (17/8), com alta significativa de 5,7% entre 10 e 17 de agosto. As cotações da asa congelada e da tulipa resfriada passaram para R$ 5,59/kg e R$ 9,00/kg, com altas de 1,8% e 0,8% no mesmo comparativo.
Cenoura: grande oferta no país causa queda de preços em Minas Gerais
As cotações da cenoura na região de São Gotardo (MG) recuaram 9,1% nesta semana (14 a 18/8). Os preços da raiz “suja” ficaram na média de R$ 10,00, cerca de 7% abaixo das estimativas de custos de produção. O motivo da queda em MG foi o aumento da oferta em Cristalina (GO) devido à alta produtividade, que nesta semana ficou em torno de 110 toneladas/hectare.
Na praça goiana, a cenoura foi comercializada a R$ 8,50. Além da produtividade elevada em GO, outro fator para a oferta volumosa neste mês é a concentração da safra de inverno no Cerrado de MG, que deve colher 25% do total da área plantada. Para a próxima semana, a expectativa é de que a oferta continue grande. Mais informações no site www.hfbrasil.org.br.
Fonte: Cepea/Esalq