Indicadores Cepea: mandioca, soja e milho

Mandioca: estiagem limita colheita e impulsiona cotações

O clima seco limitou o avanço da colheita nas regiões acompanhas pelo Cepea nos últimos dias, reduzindo a oferta de mandioca para a indústria. Do lado comprador, a demanda permaneceu estável, principalmente por conta do menor ritmo de processamento na indústria de farinha.

Nesse cenário, a média semanal a prazo para a tonelada da mandioca posta fecularia entre 31 de julho e 4 de agosto ficou em R$ 518,75 (R$ 0,9022 por grama de amido na balança hidrostática de 5 kg) – 1,9% acima da média da semana anterior e 43,4% superior à do mesmo período do ano passado, em valores atualizados (deflacionados pelo IGP-DI de junho/2017).

 

Soja: grão e derivados têm forte queda neste início de mês

As cotações de soja e de farelo de soja caíram na primeira semana de agosto, refletindo as expectativas de safra cheia nos Estados Unidos, o enfraquecimento da demanda externa e a aquisição de lotes apenas para entrega imediata por parte de compradores domésticos.

Além disso, segundo pesquisadores do Cepea, a queda do dólar voltou a elevar a disparidade entre os valores pedidos e ofertados, reduzindo a liquidez interna.

Quanto ao óleo de soja, os preços caíram em menor intensidade, devido ao bom ritmo de embarques e às expectativas de demanda ainda maior por parte do setor de biodiesel no Brasil.

Entre 28 de julho e 4 de agosto, o indicador da soja Esalq/BM&FBovespa Paranaguá registrou queda expressiva de 4,2%, para R$ 69,20/saca de 60 kg na sexta-feira (4). O indicador Cepea/Esalq Paraná cedeu significativos 5% no mesmo período, a R$ 62,79/saca de 60 kg no dia 4.

 

Milho: avanço da colheita segue pressionando cotação no Brasil

Com as cotações do milho em queda, a média do indicador Esalq/BM&FBovespa (Campinas, SP) na parcial de agosto foi de R$ 25,41/saca de 60 quilos, em termos reais (IGP-DI junho/2017). Na sexta-feira (4), o indicador fechou a R$ 25,76/saca, após registrar o menor patamar do ano na quinta-feira (3), de R$ 25,20/saca.

Segundo pesquisadores do Cepea, os recuos estão atrelados ao avanço da colheita no Brasil, à consequente maior oferta, à demanda interna enfraquecida e à redução dos preços de exportação, que torna a comercialização mais lenta no Brasil e gera, inclusive, problemas de armazenagem nas regiões com grandes produções.

 

 

 

Fonte: Cepea/Esalq

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