Mandioca: processamento cai 42% no primeiro semestre de 2017
O processamento de mandioca pela indústria de fécula caiu 41,7% no primeiro semestre de 2017 (786.200 toneladas) em relação ao mesmo período do ano passado, segundo dados do Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada), da Esalq/USP.
Como consequência, a produção de fécula recuou 41% no mesmo período de comparação. Diferente de anos anteriores, há menor disponibilidade de lavouras para a colheita, que estão concentradas com poucos produtores, resultando em uma safra mais curta, com os preços da mandioca em patamares elevados.
A cotação média da raiz neste primeiro semestre foi de R$ 502,75 a tonelada (R$ 0,8743/grama de amido), com alta de 72% em comparação com o preço médio do mesmo período do ano passado, em termos reais (deflacionado pelo IGP-DI de junho de 2017).
Boi: ritmo de negócios segue lento e preços caem por mais uma semana
Os preços do boi gordo seguem em queda neste início de julho. Nos três dias úteis deste mês, a arroba do boi gordo cedeu 1,7%. Segundo pesquisadores do Cepea, as escalas alongadas de muitas unidades de abate seguem pressionando as cotações.
Nesse cenário, o ritmo de negócios continua lento, com compradores e vendedores negociando apenas quando há maior urgência. Entre 28 de junho e 5 de junho, o Indicador Esalq/BM&F do boi gordo recuou 3%, fechando a R$ 124,40 na quarta-feira (5).
Suíno: apesar de insumo mais barato, poder de compra do suinocultor diminui em junho
Mesmo com as quedas nos preços do milho e do farelo de soja, a forte baixa nas cotações do suíno vivo reduziu o poder de compra do suinocultor em junho. Na região SP-5 (Bragança Paulista, Campinas, Piracicaba, São Paulo e Sorocaba), o suinocultor pode comprar 8,46 quilos de milho e 3,81 de farelo de soja com a venda de um quilo do animal vivo, em quantidades 5,6% e 7,9% inferiores às de maio. Em junho, o preço do suíno vivo na região paulista teve média de R$ 3,69/kg, com queda de 9,5% em relação ao mês anterior.
Segundo pesquisadores do Cepea, as quedas estiveram atreladas à demanda interna enfraquecida e, ao menos nas primeiras semanas do mês, ao lento ritmo das exportações. Na última semana de junho, os embarques tiveram forte reação, fechando o mês com 54 mil toneladas, quantidade 29,4% superior à de maio. A pressão veio ainda da maior oferta, já que integradoras vinham ofertando lotes de animais de contrato no mercado independente.
Cenoura: fim da safra de verão impulsiona cotações
A redução da oferta impulsionou os preços da cenoura na região de São Gotardo (MG) na última semana. De acordo com colaboradores do Hortifruti/Cepea, há poucas lavouras de verão para serem colhidas e, com os baixos preços durante toda a safra, o plantio de inverno foi atrasado em algumas semanas, a fim de evitar um excesso de raízes no mercado em julho com a sobreposição entre as safras.
Entre 26 e 30 de junho, as cotações da cenoura subiram 50% na praça mineira, com média de R$ 12,00/caixa de 29 kg. Apesar da alta, os valores continuam 20% abaixo das estimativas de custos de produção.
Fonte: Cepea/Esalq