Indicadores Cepea: citrus, milho, soja e batata

Citrus: chuva reduz ainda mais oferta de Tahiti e preços disparam

As chuvas que atingiram as principais regiões produtoras de lima ácida Tahiti do Estado de São Paulo, nos últimos dias, levaram citricultores a interromper novamente as atividades de campo, reduzindo ainda mais a oferta da fruta.

Neste cenário, as cotações subiram fortes 77,6% entre 12 e 16 de junho, com algumas negociações atingindo R$ 48,00/caixa de 27 kg para a fruta colhida. Segundo colaboradores do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), o preço médio no período foi de R$ 29,95/caixa de 27 kg colhida.

De acordo com os pesquisadores do Cepea, os compradores têm aceitado adquirir a fruta a preços elevados, já que, além da menor disponibilidade, a queda na qualidade dos frutos maduros que ainda estavam nos pés acabou restringindo também o volume destinado à exportação (segmento que demanda Tahiti mais verde).

 

Milho: retração vendedora sustenta cotações; liquidez continua baixa

A retração vendedora tem sustentado as cotações de milho no mercado interno. Assim, conforme relatos de colaboradores do Cepea, compradores que têm necessidade de entregas imediatas acabam elevando os preços ofertados.

No entanto, a comercialização do cereal segue limitada, devido à entrada de volume ainda pequeno de milho segunda safra no mercado e da preferência de vendedores pela exportação.

Na parcial de junho (até o dia 14), os preços do milho no mercado disponível (negociações entre empresas) no porto de Paranaguá estavam 8% abaixo dos valores de exportação da Argentina – cenário muito favorável se comparado ao do mesmo mês do ano passado, quando os preços brasileiros para exportação estavam 17% superiores aos argentinos.

Na média das regiões acompanhadas pelo Cepea, as cotações do milho permaneceram praticamente estáveis (-0,3%) no mercado disponível (negociação entre empresas) entre 9 e 16 de junho. Em Campinas (SP), o Indicador Esalq/BM&FBovespa recuou 0,9% no mesmo período, para R$ 27,11/saca de 60 quilos na sexta-feira (16).

 

Soja: demanda firme e dólar elevado sustentam valores no Brasil

Os preços internos da soja e de seus derivados seguem sustentados pela firme demanda, principalmente da China, e pela elevação do dólar frente ao real. Neste cenário, parte dos vendedores brasileiros está retraída, estocando para negociar no segundo semestre, limitando assim a comercialização no curto prazo.

Na sexta-feira (16), o Indicador da Soja Esalq/BM&FBovespa Paranaguá registrou leve alta de 0,26% em relação ao do dia 9, a R$ 69,53/saca de 60 kg. O Indicador Cepea/Esalq Paraná caiu 0,3% no mesmo período, fechando a R$ 64,10/saca de 60 kg na sexta-feira (16).

 

Batata: avanço da colheita e feriado pressionam preços

As cotações da batata padrão ágata especial estão em queda no atacado paulistano, refletindo a oferta elevada nas praças paranaenses de Curitiba, Irati, Ponta Grossa e São Mateus do Sul, e o avanço da colheita nas regiões de Ibiraiaras/Santa Maria (RS), sul de Minas e sudoeste paulista.

Além disso, com o feriado do dia 15 (Corpus Christi), o mercado travou e houve sobra de batatas, segundo colaboradores do Hortifruti/Cepea. Entre 12 e 16 de junho, a batata padrão ágata especial teve média de R$ 60,76/saca de 50 kg no atacado paulistano, com queda de 23% em relação à da semana passada. Mais informações no site www.hfbrasil.org.br.

 

 

Fonte: Cepea/Esalq

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