Citros: oferta reduzida sustenta preços da tahiti
A baixa oferta e a boa demanda por lima ácida tahiti continuam impulsionando as cotações da fruta pagas ao produtor. Segundo colaboradores do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), é a disponibilidade reduzida da variedade que tem favorecido as negociações, uma vez que as vendas costumam diminuir quando os preços estão altos. De segunda à quinta-feira, o preço médio da tahiti paulista foi de R$ 76,62/caixa de 27 kg, colhida, com alta de 8,2% em relação a média da semana passada.
Quanto à laranja de mesa, o clima quente e seco continua afetando a qualidade das frutas nos pomares sem irrigação. Assim, a oferta nas roças paulistas tem diminuído gradativamente. Atrelado a isso, produtores relatam que a procura se manteve aquecida nos últimos dias, mas apenas pelas frutas com melhor qualidade. Assim, a pera registrou média de R$ 19,67/caixa de 40,8 kg, na árvore, na parcial desta semana, com alta de 6,4% em relação à semana passada.
Frango: movimento de alta dos preços perde força neste final de mês
O movimento de alta dos preços da carne de frango, observado em setembro, começou a perder força neste final de mês. Segundo colaboradores do Cepea, a retração consumidora reduziu o número de negociações entre 21 e 28 de setembro, pressionando as cotações.
Na Grande São Paulo, o frango inteiro congelado se desvalorizou 7,6% nos últimos sete dias, e ficou cotado em R$ 3,37/kg nessa quinta-feira (28/9). Quanto ao resfriado, os preços recuaram 5,9%, para R$ 3,45/kg.
Maçã: preços continuam aumentando com boa qualidade
Nesta semana (25 a 29/9), maleicultores notaram que, apesar de existirem muitas especulações sobre compras por parte dos clientes, as vendas de maçã tiveram redução em relação à semana anterior, o que é típico de final de mês.
Entretanto, os consumidores estão aceitando preços mais altos, devido à garantia de maior tempo de prateleira, pela boa qualidade que as frutas recém-retiradas das câmaras apresentam, o que mostra uma possível recuperação da demanda por maçãs. Dessa forma, os produtores estão animados com a chegada de outubro, mês em que as vendas geralmente são maiores.
Na região de São Joaquim (SC), a fuji graúda Cat 1 teve valorização de 4% nesta semana, quando comparada à anterior, fechando à média de R$ 47,50/caixa de 18 kg. No primeiro semestre, a maior disponibilidade de maçãs graúdas permitiu que os preços dos calibres 110 e 165 fossem próximos.
No segundo semestre, entretanto, a fruta graúda está com menor oferta, o que fez os preços se distanciarem novamente. Isso porque alguns produtores ainda estão guardando maçãs a fim de ofertar as frutas até o final do ano, enquanto pequenos produtores também impactaram a oferta com a saída do mercado. Mais informações no site www.hfbrasil.org.br.
Manga: preços de Keitt e Kent se mantêm em bons patamares
Apesar do cenário de queda generalizada nos preços das mangas Tommy e Palmer, as variedades Keitt e Kent ainda animam produtores do Vale do São Francisco (PE/BA) na parcial desta safra. Essas mangas têm grande preferência no mercado europeu, e o período é favorável para os envios ao bloco, garantindo boas cotações aos produtores da fruta.
O preço médio da Keitt, por exemplo, foi de R$ 2,35/kg no Vale do São Francisco, com alta de 1% em relação à semana passada. Apenas para comparação, a Tommy foi negociada a R$ 0,46/kg e a Palmer a R$ 1,27/kg, na mesma região. Mais informações no site www.hfbrasil.org.br.
Banana: preço da prata cai 28% em Minas Gerais
Nesta semana (25 a 29/9), o preço da banana prata Anã produzida no norte de Minas Gerais e em Delfinópolis (MG) caiu 28% e 29%, respectivamente, em relação à última semana, quando foi comercializada a R$ 1,00/kg em ambas as cidades. Segundo produtores consultados pelo Hortifruti/Cepea, a oferta da fruta se elevou nas roças enquanto a demanda ficou estável.
Baixar o preço de venda é, segundo colaboradores, a medida mais eficiente para atrair os compradores, já que a banana é uma fruta que é consumida durante o ano todo no país. Além disso, o final do mês desaquece o mercado, que tende a ser mais movimentado com o recebimento dos salários no início de outubro. Quanto à qualidade das duas variedades, estão atendendo a demanda dos consumidores, mesmo com a seca no norte do estado. Mais informações no site www.hfbrasil.org.br.
Fonte: Cepea/Esalq