Café: exportação aumenta em novembro
As exportações de café aumentaram de outubro para novembro, mantendo o volume embarcado na parcial da safra 2022/23 (de julho a novembro de 2022), levemente superior ao do mesmo período da temporada anterior.
Segundo pesquisadores do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), o melhor desempenho das exportações de café em 2022 representa uma recuperação e se deve ao fato da safra recém-colhida no Brasil ter sido de bienalidade positiva e também à redução dos entraves logísticos mundiais.
Vale lembrar que, ao longo da temporada passada, exportadores brasileiros enfrentaram, além de oferta menor que a atual, muitos problemas logísticos, como falta de contêineres, altos valores de frete, atrasos nos portos, entre outros, que limitaram os embarques do grão.
De modo geral, ainda que os volumes embarcados ao longo da safra atual superem os da anterior, agentes do setor cafeeiro nacional indicam que as exportações em 2022/23 podem ficar abaixo do esperado e/ou do registrado em temporadas de bienalidade alta anteriores.
Arroz: mesmo com menor liquidez, preços se mantêm firmes
O ritmo de comercialização do arroz em casca vem perdendo a força no mercado sul-rio-grandense. Parte das unidades de beneficiamento reporta que encerrou as compras anuais nos últimos dias e deve voltar a comercializar apenas em janeiro de 2023.
A maioria dos orizicultores consultados pelo Cepea opta por não gerar novas receitas no exercício de 2022 e, assim, restringe o volume disponível do cereal no mercado spot.
Mesmo diante desse cenário, o Indicador do Arroz em Casca Cepea/Irga-RS (58% de grãos inteiros, com pagamento à vista) segue firme, na casa dos R$ 90,00/saca de 50 kg.
Algodão: liquidez segue baixa
O ritmo de comercialização de algodão em pluma tem perdido a força, devido à retração gradativa dos agentes, diante da proximidade das festas de final de ano.
Segundo pesquisadores do Cepea, produtores estão, agora, focados nas finalizações de embarque dos carregamentos da pluma já contratada.
Do lado comprador, a maior parte das indústrias está fora do mercado, cautelosa nas decisões, diante das incertezas quanto aos cenários econômico e político. De modo geral, mesmo em meio à baixa liquidez, os preços seguem firmes.