Indicadores Cepea: boi e suínos

Boi: demanda externa e oferta enxuta devem manter os preços firmes em 2021

Depois de registrar recordes ao longo do ano passado, o setor pecuário nacional inicia 2021 com perspectivas positivas para o mercado.

Segundo pesquisadores do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), os principais fatores que fundamentam esse cenário mais otimista estão relacionados à demanda externa e à possível continuidade de oferta restrita de animais para abate neste ano, sobretudo no primeiro semestre.

Ainda que com menor intensidade, outro fator que pode influenciar uma sustentação nos preços internos é a demanda doméstica, que pode se aquecer neste ano, à medida que a economia brasileira se recupere.

 

Suínos: setor pode registrar mais um ano favorável

Apesar das dificuldades provocadas pela pandemia da Covid-19, a suinocultura brasileira encerrou o ano de 2020 com preços, abate e embarques recordes. Para 2021, a expectativa é de que, mesmo com o custo de produção elevado, o balanço positivo se repita.

Segundo pesquisadores do Cepea, a demanda externa por carne suína deve continuar firme, sustentada pelas compras chinesas, ao passo que a procura interna deve ser favorecida pela possível retomada econômica. Os custos de produção, contudo, devem continuar a ser um grande gargalo ao setor em 2021.

Isso porque os preços dos dois principais componentes da ração, o milho e o farelo de soja, devem se manter altos neste ano, tendo em vista as aquecidas demandas interna e externa por esses grãos. Esse cenário tende a pressionar, por mais um ano, o poder de compra dos suinocultores.

 

Cepea

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