Boi: liquidez é baixa no mercado interno; exportação pode crescer em 2017
As negociações envolvendo boi gordo estão lentas neste início de 2017. A entrada e saída de operadores do mercado conforme necessidade de compra ou venda têm resultado em pequenas oscilações diárias nos preços. Na quarta-feira (11), o Indicador Esalq/BM&FBovespa do boi gordo (Estado de São Paulo, à vista) fechou a R$ 149,50, estável na parcial de janeiro (de 29 de dezembro a 11 de janeiro).
Quanto ao mercado internacional, a menor produção na Austrália neste ano pode favorecer as exportações brasileiras em 2017, especialmente à China – 10% dos embarques de carne australiana tiveram como destino a China em 2016. No ano passado, o real mais valorizado e a diminuição na demanda de alguns países limitaram os embarques brasileiros da carne. Segundo dados da Secex, foram 1.076 milhão de toneladas de carne in natura exportadas pelo Brasil em 2016 – volume 0,3% inferior ao de 2015.
Café: menor produção no Brasil pode manter preço firme
O clima tem sido favorável, mas a bienalidade negativa deve resultar em menor produção de café na temporada brasileira 2017/18. Com isso, compradores nacionais consultados já se mostram preocupados com a provável justa oferta do grão em 2017 e também no início de 2018, já que este cenário deve manter firmes os preços do café.
Algodão: baixa oferta pode sustentar preço da pluma no início do ano
O menor volume colhido na safra 2015/16, o comprometimento de vendedores brasileiros com a entrega de algodão já contratado e o baixo estoque de passagem da safra 2015/16 têm alicerçado a expectativa de sustentação nos preços da pluma nos primeiros meses de 2017, segundo pesquisas do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), da Esalq/USP. A concentração da pluma na “mão” de poucos agentes, especialmente de tradings, também traz incertezas quanto à oferta do produto ao mercado interno.
Arroz: colheita deve pressionar preço no primeiro semestre, mas estoque pode sustentar no segundo semestre
Em 2017, segundo pesquisas do Cepea, o preço da saca de arroz em casca no Rio Grande do Sul pode ceder, especialmente no primeiro semestre do ano, quando terá aumento na disponibilidade, devido à colheita da safra 2016/17 no Brasil. Entretanto, o baixo estoque de passagem estimado para o período safra 2016/17 poderá sustentar as cotações após o período de safra.
Suínos: cotações do vivo e da carne iniciam ano em queda
As cotações do suíno vivo e da carne apresentam forte queda no mercado interno neste início de ano, devido ao fraco ritmo de vendas. No atacado da Grande São Paulo, a carcaça especial suína se desvalorizou 8,6% entre 29 de dezembro e 11 de janeiro, com negócios na média de R$ 6,64/kg na quarta-feira (11). O preço da carcaça comum recuou 8,3% no mesmo período, passando para R$ 6,20/kg.
Segundo colaboradores do Cepea, mesmo que a oferta de animais esteja relativamente enxuta, com animais mais leves nas granjas, frigoríficos também têm pressionado os valores pagos ao produtor independente, alegando dificuldade de venda da carne. Na região de SP-5 (Bragança Paulista, Campinas, Piracicaba, São Paulo e Sorocaba), o preço caiu 7,5% na parcial de janeiro, com o quilo do animal passando para a média de R$ 4,23 no dia 11.
Fonte: Cepea/Esalq