Indicadores Cepea: batata, café, arroz, algodão, mamão, manga e uva

Batata: safra de Vargem Grande do Sul se aproxima do fim e preços sobem

As cotações da batata padrão ágata especial estão em alta nos atacados paulistanos, refletindo a menor entrada do produto, principalmente dos tubérculos provenientes de Vargem Grande do Sul (SP), onde o ritmo de colheita diminuiu nos últimos dias. As altas, porém, têm sido limitadas pela variação na qualidade das batatas ofertadas.

Entre 25 e 29 de setembro, os preços da batata padrão ágata especial oscilaram entre R$ 30,00 e R$ 70,00 a saca de 50 kg nos atacados paulistanos, fechando com média de R$ 47,50/saca e alta de 28,3% em relação à média da semana anterior.

 

Café: chuvas aliviam lavouras, mas pressionam cotações

As chuvas dos últimos dias trouxeram certo alívio aos produtores brasileiros de café, já que as lavouras, prejudicadas pelo longo período de seca no país, podem se recuperar para a temporada 2018/19. Por outro lado, esse cenário mais positivo tem pressionado as cotações, tanto no mercado doméstico quanto no externo, mantendo agentes afastados das negociações.

Assim, entre 26 de setembro e 3 de outubro, o Indicador Cepea/Esalq do arábica tipo 6, bebida dura para melhor, posto na capital paulista, recuou 1,8%, fechando a R$ 442,08/saca de 60 kg na terça-feira (3/9). Quanto ao robusta, o Indicador Cepea/Esalq do tipo 6, peneira 13 acima, a retirar no Espírito Santo, fechou a R$ 394,58/saca de 60 kg na terça, com queda de 1,3% no mesmo período.

 

Arroz: movimento de baixa perde força, mas preços seguem em queda no Rio Grande do Sul

O movimento de queda dos preços do arroz em casca perdeu força no Rio Grande do Sul nos últimos dias, mas as cotações seguem recuando no estado. Segundo colaboradores do Cepea, os engenhos deram preferência ao produto depositado em seus armazéns, enquanto vendedores ofertaram conforme a necessidade de “fazer caixa” para cumprir com os compromissos da nova temporada.

Assim, o Indicador Esalq/Senar-RS, 58% grãos inteiros, recuou 0,9% entre 26 de setembro e 3 de outubro, fechando a R$ 36,39/saca de 50 kg na terça-feira (3/9).

 

Algodão: com pressão compradora, indicador recua

A competição entre os agentes está acirrada no mercado de algodão em pluma, onde a pressão das indústrias por preços menores tem prevalecido, com aquisições de apenas pequenos volumes.

Segundo colaboradores do Cepea, os agentes estão focados no cumprimento de contratos realizados anteriormente, destinados aos mercados interno e externo. Assim, entre 26 de setembro e 3 de outubro, o Indicador Cepea/Esalq, para pagamento em oito dias, caiu 1,66%, fechando a R$ 2,3707/lp na terça-feira (3/9).

 

Clima do inverno impacta na qualidade do mamão

O inverno de 2017 afetou a qualidade do mamão nas principais regiões produtoras da fruta, tanto por conta das chuvas quanto pelas baixas temperaturas. As precipitações de julho, que ocorreram principalmente na Bahia, no Espírito Santo e no litoral do Rio Grande do Norte, favoreceram o aparecimento de doenças fúngicas nos pomares dessas regiões.

Neste locais, inclusive, se observou a incidência de pinta-preta, mancha-chocolate e antracnose, que afetam a superfície da fruta e limitam as vendas, segundo colaboradores do Hortifruti/Cepea. Além disso, os baixos patamares dos preços da fruta nessas praças também acarretaram em perda de qualidade, já que limitaram o número de pulverizações nos pomares.

No Rio Grande do Norte, as chuvas, também em julho, resultaram em queda da florada e na lixiviação dos nutrientes do solo, elevando os custos de produção e restringindo o volume disponível para comercialização. Contudo, as precipitações não reverteram totalmente o déficit hídrico dessas regiões, que permanecem com reservatórios bastante baixos.

Quanto às temperaturas, a frente fria que atingiu as regiões produtoras no início da segunda quinzena de agosto aumentou a sensibilidade da casca das frutas, resultando na ocorrência de mancha fisiológica, principalmente nas culturas de Minas Gerais e do Espírito Santo. Mais informações no site www.hfbrasil.org.br.

 

Manga: oferta aumenta em todo o País

O ritmo de colheita de manga aumentou em setembro, fator que pressionou as cotações no período. Em Petrolina (PE) e em Juazeiro (BA), os maiores volumes ofertados neste semestre devem ser de Tommy e Palmer, com o pico de safra ocorrendo entre setembro e outubro. Além dessas, o Vale do São Francisco também está disponibilizando Kent e Keitt, com foco nas exportações à União Europeia, e a preferência dos europeus por essa variedade pode reduzir os envios de Palmer e resultar em aumento de volume no mercado interno.

Na região de Jaíba/Janaúba (MG), a oferta de manga também aumentou em setembro. Os mineiros devem desacelerar a colheita já neste mês, finalizando a safra no início de novembro. Em Livramento de Nossa Senhora, entretanto, a oferta de Palmer e Tommy esteve mais reduzida no mês passado. A safra da região baiana, porém, só deve terminar em dezembro, quando a colheita dos pomares que floriram entre julho e agosto será finalizada.

Assim, considerando-se a elevada disponibilidade no mercado doméstico, os preços da manga recuaram para todas as variedades em todas as regiões. O cenário, vale destacar, foi suavizado pelas exportações aos Estados Unidos e à Europa. Caso a demanda dos EUA pela Tommy seja expressiva, os envios podem enxugar o volume nacional da variedade, amenizando as desvalorizações no Brasil.

Confira mais informações no site www.hfbrasil.org.br

 

Uva: Sul e Sudeste se preparam para a safra de fim de ano

Viticultores de São Paulo e do Paraná estão realizando os preparativos para a safra de fim de ano, que tem como foco o Natal e Ano Novo. Na região de Louveira e Indaiatuba (SP), a maior parte dos produtores intensificou as podas da Niagara em agosto e finalizou as atividades ainda no final de setembro.

Já as podas da Niagara em Porto Feliz (SP) foram realizadas do final de julho até meados de agosto. Quanto às uvas finas de Marialva (PR), a necessidade de repoda acabou atrasando o calendário previsto. Assim, a perspectiva é de que a colheita das uvas se inicie aos poucos no fim de novembro e seja intensificada em dezembro (período mais próximo das festas), pois a maioria das podas foi realizada entre julho e agosto.

Confira mais informações no site www.hfbrasil.org.br

 

Fonte: Cepea/Esalq

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