Arroz: demanda interna e externa firme mantêm preços em alta
As cotações do arroz em casca estão em alta no mercado interno, segundo dados do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea). Esse contexto altista está atrelado aos embarques recordes neste ano e à boa movimentação para novos negócios nos mercados interno e externo.
As exportações brasileiras de arroz em casca já totalizam um volume recorde nesta temporada 2022, mesmo faltando um mês para o encerramento. De janeiro a novembro deste ano, as exportações totalizaram 1.91 milhão de toneladas, o maior volume anual desde o início da série histórica da Secretaria de Comércio Exterior (Secex), em 1997.
Café: maior demanda impulsiona Indicador do robusta
As cotações domésticas do café robusta subiram ao longo de novembro, impulsionadas pela maior presença de compradores no mercado spot nacional.
Segundo pesquisadores do Cepea, agentes mostram um maior interesse pela variedade para utilização em blends. Produtores, atentos a esse cenário, se afastam das negociações, à espera de novas valorizações do robusta.
Assim, o Indicador Cepea/Esalq do tipo 6 peneira 13 acima terminou o dia 30 de novembro a R$ 609,67/saca de 60 kg, com alta de 3,90% em relação ao último dia útil de outubro.
No campo, cafeicultores do Espírito Santo estão preocupados com as lavouras. Com o estresse hídrico e as intensas ventanias relatadas em meses passados, a desfolha dos cafezais ocorreu de maneira intensa, ocasionando, em novembro, problemas no pegamento das flores.
Em Rondônia, a grande quantidade de chuvas foi satisfatória em novembro, mas produtores seguem atentos ao alto índice de abortamento nos cafezais.
Algodão: alta externa eleva preços no Brasil
Os preços do algodão em pluma vêm subido neste começo de dezembro. Apesar de o ritmo de negócios estar lento, os preços internos são influenciados pelas valorizações externas da pluma.
Segundo pesquisadores do Cepea, enquanto vendedores estão firmes nos preços pedidos por novos lotes, atentos às altas na Bolsa de Nova York (ICE Futures), compradores, especialmente indústrias, utilizam a pluma de estoque e/ou de contratos a termo. Demandantes ativos adquirem apenas pequenos volumes, para necessidades imediatas, alegando dificuldades no repasse dos reajustes de preços aos manufaturados.