Arroz: demanda segue enfraquecida e preços, estáveis
Indústrias do Rio Grande do Sul consultadas pelo Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) estão pouco ativas no mercado, processando o arroz disponível em seus estoques. Produtores, por sua vez, têm priorizado a comercialização da soja. Quanto aos preços, estão praticamente estáveis. De 16 a 23 de maio, o Indicador Esalq/Senar-RS, 58% grãos inteiros, subiu 0,74%, fechando a R$ 38,88/saca de 50 kg na terça-feira (23).
Algodão: alta do dólar mantém vendedor firme e comprador retraído
Com o fortalecimento do dólar, tradings e cotonicultores estão ainda mais firmes nos preços pedidos para a venda do algodão em pluma, mesmo para os lotes com características (como micronaire, cor e fibra). Já as indústrias se mantêm retraídas, adquirindo apenas pequenos lotes para repor estoques.
Segundo pesquisadores do Cepea, algumas fiações trabalham com a pluma armazenada e/ou de contratos a serem entregues. No geral, esses demandantes aguardam a chegada da nova safra (2016/17) ao mercado spot, que deve ser volumosa. Diante disso, a liquidez continua baixa no mercado de algodão em pluma. De 16 a 23 de maio, o Indicador Cepea/Esalq com pagamento em oito dias subiu 0,79%, fechando a R$ 2,7814/lp na terça-feira (23).
Café: câmbio e retração vendedora impulsionam preços
Os preços do café arábica estão em alta, refletindo a recente valorização do dólar. Na terça-feira (23) o Indicador Cepea/Esalq do arábica tipo 6, bebida dura para melhor, posto na capital paulista, fechou a R$ 453,75/saca de 60 kg, com alta de 2,1% em relação à terça-feira anterior (16). Quanto ao ritmo de negócios, permanece lento no mercado físico, devido à retração vendedora e também às incertezas econômicas e políticas no Brasil.
Para o robusta, a liquidez também está baixa. Segundo pesquisadores do Cepea, apesar de a colheita seguir sem problemas e em bom ritmo, o patamar de preços é considerado baixo e tem desestimulado a negociação. O Indicador Cepea/Esalq do robusta tipo 6, peneira 13 acima, fechou a R$ 410,06/saca de 60 kg na terça-feira (23), com alta de 1,25% em relação à terça-feira anterior (16).
Aumento da oferta desvaloriza tomate
As cotações do tomate salada longa vida tiveram forte queda na última semana nos principais atacados brasileiros. Conforme pesquisadores do Hortifruti/Cepea, a elevação das temperaturas nas praças produtoras em parte do período acelerou a maturação dos frutos, o que aumentou a oferta da variedade. Além disso, a safra de inverno se intensificou e a demanda diminuiu, devido à proximidade do fim do mês, que reduz o poder aquisitivo do consumidor.
Entre 15 e 19 de maio, o tomate salada longa vida 3A teve média de R$ 43,80/caixa de 20 kg na Ceagesp (com queda de 37,56% em relação à semana anterior), de R$ 45,58/caixa no Rio de Janeiro (-31,12%), de R$ 45,91/caixa em Campinas/SP (-42,10%) e de R$ 38,33/caixa (-34,63%) em Belo Horizonte (MG). Mais informações no site www.hfbrasil.org.br
Fonte: Cepea/Esalq