Algodão: retração compradora pressiona preços
A demanda por algodão em pluma está baixa no mercado brasileiro, o que tem pressionado as cotações. Depois de adquirir alguns lotes nas últimas semanas, parte das indústrias se retraiu, aguardando o avanço da colheita da safra 2016/17.
Do lado vendedor, conforme colaboradores do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), agentes têm cedido à pressão de compradores, que estão descontentes com a qualidade dos lotes disponíveis. De 13 a 20 de junho, o Indicador Cepea/Esalq, com pagamento em oito dias, recuou 0,86%, fechando a R$ 2,7671/lp na terça-feira (20).
Café: ritmo de negócios é lento e preços recuam
O feriado de Corpus Christi (15) e as oscilações nos preços internacionais do café na última semana reduziram o ritmo de negócios no mercado brasileiro. Além disso, conforme pesquisadores do Cepea, produtores estão retraídos, focados nas atividades de colheita.
Neste cenário, o Indicador Cepea/Esalq do arábica tipo 6 bebida dura para melhor, posto na capital paulista, caiu 1,26% entre 13 e 20 de junho, fechando a R$ 445,37/saca de 60 kg na terça-feira (20). Quanto ao robusta, as negociações têm ocorrido apenas quando há necessidade de caixa ou de repor estoques.
Na terça-feira, o Indicador Cepea/Esalq do robusta tipo 6, peneira 13 acima, fechou a R$ 409,97/saca de 60 kg, com baixa de 2,05% na mesma comparação.
Indústria ativa e vendedor recuado elevam preço do arroz em casca
Com necessidade de repor estoques e atender à demanda dos setores atacadista e varejista dos grandes centros consumidores, parte das indústrias está ativa no mercado para novas aquisições, impulsionando os valores do arroz em casca.
Do lado vendedor, boa parte dos orizicultores segue recuada, focada na venda de gado e/ou soja. Apenas produtores com necessidade de “fazer caixa” e cumprir com pagamentos de safra têm vendido lotes de arroz em casca. Neste cenário, o Indicador Esalq/Senar-RS, 58% grãos inteiros, subiu 0,21% entre 13 e 20 de junho, chegando a R$ 39,81/saca de 50 kg na terça-feira (20).
Alface: chuva reduz oferta e cotações aumentam em SP
As cotações das alfaces estão em alta nas regiões paulistas de Ibiúna e Mogi das Cruzes, em São Paulo. Conforme colaboradores do Hortifruti/Cepea, as chuvas da última semana causaram apodrecimento, pintas e mela, que levaram ao descarte de parte das folhosas. Além disso, o clima mais frio atrasou o desenvolvimento das alfaces.
Entre 12 e 16 de junho, a americana se valorizou 9,84% em Ibiúna, com média de R$ 15,20 por caixa com 12 unidades. A lisa teve preço médio de R$ 14,65/caixa com 20 unidades na praça paulista, e alta de 13,08% na mesma comparação. Em Mogi das Cruzes, a americana teve média de R$ 17,12/caixa com 12 unidades, com aumento de 7,17%. O preço da crespa, por sua vez, subiu 9,14%, com média de R$ 17,50 entre 12 e 16 de junho. Mais informações no site www.hfbrasil.org.br.
Fonte: Cepea/Esalq