Importadores do Catar reafirmam confiança no setor de proteína animal do Brasil

O presidente-executivo da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), Francisco Turra foi informado pelo Ministério das Relações Exteriores (MRE) que importadores do Catar pretendem incrementar as compras de proteína animal do Brasil.

A manifestação foi feita por representantes da Qatar Meat Production, em encontro ocorrido recentemente na Embaixada do Brasil em Doha. Com capacidade de produção superior a três mil toneladas anuais, a empresa é a única indústria de processamento de carne do país islâmico, com produtos como shawarma, nuggets, salsichas, kebabs e outros.

A empresa, que importa proteína animal brasileira por meio de intermediários internacionais, deve iniciar a importação direta de produtos como frango congelado, peru e outros produtos.

Conforme informado pelo MRE ao presidente da ABPA, os representantes da indústria importadora catariana ressaltaram total confiança na qualidade das proteínas importadas do Brasil.

“Eles nunca cogitaram mudar os planos sobre os negócios com o setor brasileiro, com o objetivo de incrementar as importações.  Este depoimento é um atestado da confiança internacional na competência e na qualidade de nossos produtos”, exalta Turra, que também é membro da Academia Nacional de Agricultura da Sociedade Nacional de Agricultura (SNA).

O Catar já havia suspendido os embargos impostos após a circulação de informações equivocadas na divulgação da Operação Carne Fraca, mediante a apresentação de esclarecimentos por parte do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento do Brasil.

 

CREDIBILIDADE

O mercado internacional tem apresentado diversas manifestações de confiança na proteína animal brasileira.  Recentemente, a China liberou as importações de três plantas frigoríficas que haviam sido suspensas por questões documentais em 2016, antes da Operação Carne Fraca.

Em visita à ABPA no mês de abril, o embaixador da Rússia no Brasil, Sergey Akopov ressaltou que o Brasil sempre manifestou que continuaria fornecendo seus produtos à Rússia, o que é uma posição altamente apreciada pelo país do Leste Europeu.

Na ocasião, ele exaltou a a qualidade da carne brasileira, lembrando que incidentes como os ocorridos não podem abalar anos de cooperação estratégica – referindo-se aos equívocos na divulgação da Operação Carne Fraca.

Em comunicado encaminhado à ABPA, o Serviço Nacional de Sanidade, Inocuidade e Qualidade Agroalimentária (Senasica) do México informou que estão em andamento as negociações sobre a viabilização de abertura do mercado para a carne suína brasileira.

O órgão sanitário mexicano também publicou a suspensão do embargo à proteína animal do Brasil, faltando apenas a conclusão de trâmites burocráticos para a formalização da reabertura.

 

Fonte: ABPA com informações da equipe SNA/RJ

Facebook
Twitter
LinkedIn
WhatsApp