Apesar da elevação dos abates de bovinos em Mato Grosso, o estoque de machos tende a subir e atingir a 4.5 milhões de cabeças em 2018. As projeções são do Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea). Hoje, o estoque é de 3.96 milhões de cabeças, apresentando curva de crescimento.
As perspectivas foram apresentadas nesta semana pelo Imea, durante balanço de 2016 e projeções para 2017. As expectativas apontam, para o próximo ano, um estoque de 4.01 milhões de cabeças de bovinos machos, com leve incremento em relação às 3.96 milhões de cabeças de 2016 e às 3.90 milhões de cabeças registradas em 2015.
Segundo o Imea, caso o abate em 2017 cresça 5%, o estoque de bovinos machos deve ficar na casa das 4.07 milhões de cabeças. Contudo, se os abates caírem 5%, o estoque tende a ficar em 4.49 milhões de cabeças. As estimativas apontam ainda 4.28 milhões de cabeças de machos, caso os abates fiquem estáveis.
“O ciclo da pecuária está mudando. Mato Grosso está entrando em uma tendência maior de estoque de machos”, disse o gestor de análise de mercado do Imea, Ângelo Ozelame. Para 2017, espera-se a melhora na oferta de animais da bovinocultura do estado, a evolução na demanda interna e o fortalecimento das negociações com o mercado externo.
Recuos consecutivos
Em seu boletim semanal da bovinocultura, o Imea destaca que o boi gordo, nos últimos meses, vem apresentando recuos consecutivos em suas cotações. Hoje, a arroba do boi gordo em Juína, por exemplo, está cotada a R$ 124,65. O declínio, segundo o instituto, é resultante do aumento da quantidade de animais no mercado físico, não acompanhado por uma melhora na demanda.
Diante disso, o Imea traçou cenários futuros para o preço do boi gordo em Mato Grosso, levando em consideração as cotações do animal na BM&F/Bovespa para os próximos cinco meses, e considerando diferenciais de base SP-MT diferentes.
Apesar das discrepâncias entre os valores encontrados em virtude dos diferenciais de bases diferentes, a cotação do boi gordo futuro aponta apenas um sentido, o de queda, podendo chegar a R$ 125,70/@ em maio/17 (considerando o diferencial de base histórico – 13,40%). Essas previsões ficam como um alerta, para que os pecuaristas se planejem para o ano que está por vir, visto que 2017 pode ser um ano difícil para as receitas, indicou o Imea.
Fonte: Agro Olhar