Imea: custos de produção de soja e milho em julho em Mato Grosso

O custo de produção da soja geneticamente modificada (GMO) ou transgênica em Mato Grosso aumentou 0,58% entre junho e julho, chegando a R$ 2.868,39 por hectare, segundo boletim do Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea).

“O ajuste foi impulsionado pela valorização do câmbio no último mês, o que acabou encarecendo alguns insumos importados e cotados a dólar, como os inseticidas (+ 1,34%), macronutrientes (+ 0,80%) e herbicidas (+ 0,20%)”, informou o instituto.

Já o custo de produção da soja convencional, segundo o Imea, aumentou 1,45% de junho para julho, para R$ 3.044,15 por hectare.

Chuvas

Com a proximidade do mês de setembro e do início do plantio da soja em Mato Grosso, o Imea informou que o estado deve receber no período volumes de chuvas acima da média dos últimos anos, segundo o modelo climático Ensemble Mean, da Administração Oceânica e Atmosférica Nacional (NOAA). “Isso pode favorecer uma semeadura mais adiantada em comparação à safra 2020/21”, indicou o Imea.

Com relação a outubro, “período crucial para o desenvolvimento do grão”, o órgão norte-americano sinaliza volumes favoráveis para as lavouras de Mato Grosso, informou o Imea, o que deve ajudar a aliviar o déficit hídrico no solo, “fundamental para garantir a germinação das sementes”.

“Embora sejam esperados bons volumes de chuvas, é importante que ocorra uma uniformidade na distribuição inicial das precipitações, cenário oposto ao registrado no início da temporada anterior”, indicou o instituto.

Milho

Já a relação de troca entre o milho e insumos para o plantio registrou uma piora na safra 2021/22 em Mato Grosso, informou o Imea. Ou seja, o produtor precisará de mais sacas de milho para adquirir adubos e corretivos de solo necessários para o plantio.

Segundo o instituto, o custo de produção para o milho de alta tecnologia da safra 2021/22 registrou a sétima alta consecutiva em julho de 2021.

“Os principais fatores para este cenário estão ligados à valorização do dólar e à demanda aquecida pelos insumos”, indicou o boletim, o que fez com que o custo de produção aumentasse 1,15% no mês passado, relativo às despesas com fertilizantes e corretivos de solo. O Imea destacou a alta nos macronutrientes, de 1,70% em julho em relação a junho.

Assim, concluiu o instituto, o produtor de Mato Grosso precisou de mais sacas de milho para adquirir 1 tonelada de fertilizante em julho. Isso indica que, além da subida de preços desses insumos, o preço médio da saca de milho comercializado em julho, para entrega na colheita da safrinha do ano que vem, ficou relativamente estável no estado.

 

 

Fonte: Broadcast Agro

Equipe SNA

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