Ibrafe: safra de feijão 2021 virou safrinha

O mercado do feijão está lento nos últimos dias, mas ainda assim mantém os preços ao redor de R$ 250,00 FOB/Minas Gerais, por exemplo. Isso tem sido para o governo um golpe de sorte (se é que existe). O impacto na inflação está sendo amenizado agora e apenas postergado para os meses à frente.

Pelo lado do produtor, que plantou com custos mais baixos e manteve a produtividade próxima do normal, o mercado também está bom – não ótimo, mas bom.

Os empacotadores estão às voltas com tantas novas exigências, como por exemplo o cadastro no Sistema Integrado de Produtos e Estabelecimentos Agropecuários (Sipeagro) do Ministério da Agricultura, com a demanda de rastreabilidade. No entanto, falta tempo para se fazer uma análise mais detida e as grandes marcas seguem vendendo e entregando, ainda que em um ritmo mais lento.

O dólar volta a valorizar e vai ficando mais caro o feijão-preto, que tinha indicativos em R$ 280,00/R$ 290,00 na fronteira com a Argentina e deverá passar dos R$ 300,00 em poucos dias. Com a safra de São Paulo, o abastecimento não ficará bem, mas no Paraná, com 77% em desenvolvimento vegetativo, a média para este período, em relação a anos anteriores, não está tão longe.

Com 1% frutificando, não haverá muito produto este ano. Mas o Departamento de Economia Rural da Secretaria da Agricultura do Paraná, que tem uma boa margem de acerto, vai fechando os números em 148.000 hectares, com 80% em boas condições. Este número merece atenção.

Tomando por base os últimos números do Deral, esta área é 56,69% menor do que a área total do Paraná plantada em 2010/11. Dessa forma, o País está perto de ter o menor estoque disponível da história para dezembro até abril. Está mais do que na hora de o Mapa trabalhar para evitar momentos como este, que vão desestimular o consumo.

 

Fonte: Ibrafe

Equipe SNA

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