Feijão preto: mercado lento no Brasil causa queda do preço na Argentina
Alguns importadores estão tratando de se desvencilhar dos lotes de feijão preto que adquiriram em junho por preços relativamente altos da Argentina. Na verdade, o mercado lento do Brasil nos últimos 60 dias inibiu um maior volume de comercialização, e a consequência foi a queda dos preços também na Argentina.
Por U$$ 750,00 foram registrados alguns negócios de produto intermediário e também um pouco mais miúdo. No Brasil, a R$ 165,00, posto São Paulo, foram realizados alguns negócios na última semana.
Feijão carioca: aumento de interesse de lotes colhidos em Goiás e Minas
Muitos produtores relataram que houve aumento de interesse nos lotes de feijão carioca já colhidos em Goiás e em Minas Gerais. Inclusive por R$ 110,00 receberam ofertas de compradores para pagar à vista e retirar em até 30 dias, lotes de cinco mil e dez mil sacas.
Ainda que haja o inicio da colheita na Bahia, as regiões Sudeste e Sul dependerão, nos próximos 60 dias, do abastecimento de Minas e de Goiás.
É curioso como os especuladores que exaltam a necessidade dos produtores do Nordeste colherem bem e venderem bem, por terem enfrentado um longo período difícil, também são os primeiros a tentar espalhar informações de até cinco milhões de sacas a serem colhidas. Se fosse verdade, justificaria uma baixa bastante grande nos preços.
Estes especuladores fazem de tudo para comprar na “bacia das almas”, pressionando e apavorando produtores do Brasil todo. Como combater esse tipo de atitude?
Esta semana, parte em direção à Bahia a expedição Feijão Bahia, com agrônomos experientes, para a avaliação do potencial de produção das lavouras. Em paralelo, estão sendo levantadas as áreas de produção e de estoques dos produtos em Goiás, em Minas Gerais e no Mato Grosso. O objetivo é saber qual estoque dará uma orientação para produtores e empacotadores desenvolverem suas estratégias e fluxos de produção.
Fonte: Ibrafe