Principal commodity do Brasil, a soja vai bater um novo recorde de produção este ano, segundo o Levantamento Sistemático da Produção Agrícola de janeiro, divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A produção da oleaginosa em 2023 deve aumentar 23,40% em relação a de 2022, totalizando 147.5 milhões de toneladas.
Já a safra total de milho indica um aumento de 11,2% em relação à do ano passado, para 122.5 milhões de toneladas, e o arroz registrará uma queda anual de 3,60% na produção, para 10.3 milhões de toneladas.
O arroz, o milho e a soja, os três principais produtos do grupo, somados, representam 92,90% da estimativa da produção de grãos no ano e respondem por 87,50% da área a ser colhida, informou o IBGE.
A produção brasileira de café, para 2023, considerando as duas espécies, arábica e canephora, foi estimada em 3.3 milhões de toneladas, ou 55.3 milhões de sacas de 60 kg, com aumento de 5,70% em relação a 2022.
Algodão e trigo
Para o algodão, a produção estimada é de 6.8 milhões de toneladas, com aumento de 0,70% na área plantada e queda de 0,60% no rendimento médio em relação à última estimativa. Em relação a 2022, há uma estimativa de aumento da produção de 1,30%, em função da expansão da área cultivada.
“Em 2022, o clima favoreceu a produção do algodão, notadamente na segunda safra, quando a maior parte da cultura é cultivada”, destacou o IBGE em nota.
Já o trigo deve totalizar uma produção de 8.7 milhões de toneladas, com queda de 13,60% na comparação com 2022, quando o Brasil colheu a maior safra do cereal da história.
Áreas
A estimativa de janeiro para as áreas a serem colhidas na safra de cereais, leguminosas e oleaginosas em 2023 mostra que na comparação com 2022 haverá um aumento de 4,60% para a soja e de 4,10% para o milho, sendo 1,40% para o milho primeira safra e de 4,90% para o milho segunda safra.
Já o arroz terá aumento de área de 4,40%, sendo o volume suficiente para abastecer o mercado brasileiro, indicou o IBGE.
Variações
Levando em conta as regiões do País, a estimativa da produção de cereais, leguminosas e oleaginosas registrou variação anual positiva para as regiões Centro-Oeste (8,60%), Norte (11,10%), Sudeste (1%), Nordeste (1,80%), e Sul (38,60%).
Quanto à variação mensal, registraram aumento a região Norte (0,10%), a Sul (2%) e a Centro-Oeste (2,90%). As regiões Nordeste e Sudeste registraram estabilidade.
Mato Grosso lidera como o maior produtor nacional de grãos, com participação de 29,30%, seguido pelo Paraná (14,90%), Rio Grande do Sul (13%), Goiás (9,20%), Mato Grosso do Sul (8,10%) e Minas Gerais (5,80%), que, somados, representaram 80,30% do total.
As principais variações positivas nas estimativas da produção, em relação ao mês anterior, ocorreram no Mato Grosso (4.029.136 toneladas), no Paraná (1.776.034 toneladas), em Alagoas (11.192 toneladas), em Rondônia (9.401 toneladas), no Pará (5.812 toneladas), no Acre (1.862 toneladas), no Maranhão (219 toneladas) e no Rio de Janeiro (57 toneladas).
As principais variações negativas foram registradas em Goiás (- 73.379 toneladas) e no Ceará (- 15.907 toneladas).