A safra de café do Brasil de 2016 foi estimada em 50.2 milhões de sacas de 60 kg, um aumento de 13,8% na comparação com a temporada anterior, afetada pela estiagem, indicou nesta quinta-feira levantamento feito pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
A estimativa mostra uma melhora em relação a projeção divulgada no mês passado, de 49.7 milhões de sacas. A colheita de café está prestes a começar nos principais Estados produtores do Brasil, maior produtor e exportador da commodity.
A safra brasileira de café arábica foi estimada em 39.2 milhões de sacas, aumento de 0,7% em relação ao mês passado, enquanto a safra de robusta foi prevista em 11 milhões de sacas, aumento de 1,8% em relação a projeção anterior.
A revisão de safra ocorreu principalmente devido a mudanças nas estimativas da colheita da Bahia, quarto maior produtor de arábica no País, participando com 5,7% do total, e o segundo em produção de robusta, com participação de 13,5% no total, segundo o IBGE.
De acordo com relatório do IBGE, o último levantamento revelou um aumento de 15,5% na estimativa da Bahia, que deve alcançar 2.2 milhões de sacas.
O rendimento médio foi revisto e aumentou 15,1% em relação ao mês anterior, em função do clima mais chuvoso e maiores investimentos nas lavouras.
A estimativa de safra baiana de café robusta foi elevada em 16,9%, devendo alcançar 1.5 milhão de sacas de 60 kg.
O Espírito Santo, principal produtor de café robusta, com participação de cerca de 70% do total, manteve os dados do mês anterior. O Estado, que nos últimos dois anos vem enfrentando estiagens nos principais municípios produtores, tem a produção estimada em 7.6 milhões de sacas.
Fonte: Reuters