Governo levanta R$ 1.2 bilhão para iniciar o Plano Safra 2022/23

Colheita de soja. Foto: Banco de Imagens/CNA

A Secretaria Especial do Tesouro e Orçamento (Seto), do Ministério da Economia, bloqueou cerca de R$ 1.2 bilhão em despesas que serão remanejados para a subvenção de taxas de linhas do próximo Plano Safra, 2022/23, no segundo semestre, de um total de cerca de R$ 4.3 bilhões bloqueados com destino ao crédito rural e ao Programa de Garantia da Atividade Agropecuária (Proagro).

O secretário de Política Agrícola do Ministério da Agricultura, Guilherme Soria Bastos Filho, explicou que o Tesouro já previa a necessidade de R$ 818 milhões para os primeiros seis meses da safra 2022/23, mas o aumento da Selic elevou a demanda para R$ 1.2 bilhão. Até então, o Orçamento de 2022 não contava com recursos para viabilizar a subvenção de taxas no período.

“O que a Junta de Execução Orçamentária fez foi acomodar mais espaço orçamentário para a execução do Plano Safra 2022/23 no segundo semestre”, disse Bastos Filho. “Claro que o próximo plano não está acertado ainda, está em discussão”, indicou o secretário.

Equalização

O setor produtivo, representado pela Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), pede ao governo federal R$ 21.8 bilhões para a equalização de taxas de juros de linhas do Plano Safra 2022/23, a fim de viabilizar a oferta de um montante ao redor de R$ 330 bilhões em crédito.

Uma das possibilidades aventadas para levantar os R$ 21.8 bilhões é elevar o teto de gastos, tendo em vista o aumento de arrecadação no País no ano passado e uma possível situação de “emergência” alimentar em 2023, acompanhada por uma maior “inflação de alimentos” decorrente da guerra na Ucrânia.

Safra 2021/22

A Seto também bloqueou cerca de R$ 1.1 bilhão para a equalização de taxas de linhas do Plano Safra 2021/22, ainda em vigor, que se somarão aos R$ 868.5 milhões aprovados no PLN 1 (Projeto de Lei do Congresso Nacional), já sancionado pelo presidente Jair Bolsonaro, também destinados à retomada das contrações de empréstimos na safra atual.

O restante, em torno de R$ 2 bilhão, se destinará ao Proago, informou Bastos Filho. Segundo ele, ainda não foram detalhados os instrumentos e os prazos de disponibilização efetiva dos recursos.

 

 

Fonte: Broadcast Agro

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