Governo de Goiás publica resolução que põe fim às restrições nos financiamentos do FCO

Chegaram oficialmente ao fim, no último dia 31 de março, as restrições para a aquisição de matrizes ou reprodutores de genética bovina em Goiás. A decisão já havia sido tomada pelo governo federal, mas a confirmação – por meio da resolução 44 do Ministério da Integração Nacional (Minc) – veio em forma de publicação no Diário Oficial da União. A oficialização foi mais uma vez comemorada pela Federação da Agricultura e Pecuária de Goiás (Faeg), que vem trabalhando com grande empenho para acabar com as restrições que constavam no Fundo Constitucional do Centro Oeste (FCO) e exigiam certificados para a aquisição dos financiamentos de matrizes e reprodutores.

Para o presidente da entidade, José Mário Schreiner, a decisão representou uma grande vitória para a classe produtora. “Após inúmeros esforços e ações realizadas pela Faeg, junto ao governo estadual, e diretamente na Superintêndencia de Desenvolvimento do Centro-Oeste (Sudeco), conseguimos retirar tais restrições que estavam travando os financiamentos e consequentemente o desenvolvimento do setor pecuário goiano e de toda a região Centro-Oeste”, pontuou, já explicando que de agora em diante os produtores não terão que, obrigatoriamente, comprovar com certificado de registro, as matrizes e reprodutores que forem financiar, “o que gerará normalidade aos financiamentos do FCO”.

 

REGISTRO

No Estado, segundo Edson, existe um percentual pequeno de animais registrados. De mais de 2,4 milhões de vacas que foram ordenhadas em 2015, não foi possível chegar a apenas 1% dos animais registrados. “O que não quer dizer que não tenham uma boa genética. Eles só não seguiram os tramites para o registro. Além dos produtores que forem financiar os animais pelo FCO encontrarem dificuldades para adquirir animais já registrados, temos outros entraves que também inibirão os financiamentos e os investimentos desses produtores”, afirma.

Outra preocupação, diz respeito a estrutura das associações para atender toda a demanda no estado, na emissão de certificados das matrizes ou reprodutores que forem financiadas. Além disso, a certificação dos animais não certificados demanda tempo e recursos financeiros que podem inviabilizar o investimento devido aos elevados custos para os produtores rurais.

“Assim, o produtor que já se encontra com dificuldades para equilibrar seu custo de produção com os baixos preços dos seus produtos, terá que rever seus investimentos e ou até adiá-los”, destaca.

O gerente alerta que o ideal é estimular e incentivar a evolução genética através de uma bonificação – com juros menores -, para aquele produtor que adquirisse os animais com certificados de registros. Por conta disso, a Faeg encaminhou um documento para o Conselho de Desenvolvimento do Estado (CDE), solicitando intervenção junto ao Conselho Deliberativo de Desenvolvimento da Região Centro-Oeste (Condel) e Superintendência do Desenvolvimento do Centro-Oeste (Sudeco), no começo do ano.

“Tanto a bonificação quanto a exirgência de resgistros para apenas reprodutores, serão analisadas com mais critério pela comissão a fim de serem implantadas”, ressalta o assessor técnico da Faeg, Pedro Arantes, que representou a entidade na reunião.

 

Fonte: Sistema Faeg

 

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