Futuro ministro da Agricultura, Blairo Maggi elenca prioridades para setor agropecuário

Senador pelo Mato Grosso, Blairo Maggi assumirá Ministério da Agricultura no governo interino de Michel Temer. Foto: Divulgação
Senador pelo Mato Grosso, Blairo Maggi assumirá Ministério da Agricultura no governo interino de Michel Temer. Foto: Divulgação

Durante ato de filiação ao Partido Progressista (PP), realizado nesta quarta-feira, 11 de maio, na Câmara dos Deputados, em Brasília, o senador mato-grossense Blairo Maggi elencou as prioridades que terá à frente do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) no lugar de Kátia Abreu. Segundo ele, algumas prioridades já foram elencadas e a nova sigla lhe dará todas as condições de montar a equipe de trabalho, que passará pelo período de transição do governo.

“O PP me deu toda a liberdade para montar o novo ministério e buscaremos qualificação, respirando o que já foi construído de bom até aqui. Mas a responsabilidade da pasta será minha e não correrei o risco de ser ineficiente”, declarou.

Sobre as metas durante sua gestão, Maggi defende que os produtores rurais tenham condições de baixar o custo da produção agrícola, para que o setor não seja atingido pela atual crise econômica.

“Eu me preocupo com a questão da renda do produtor rural porque, sem ela, os produtores são iguais a uma fábrica sem lucro. O Ministério precisa atuar nesta área, para tentar diminuir os custos da produção, e isto só será possível se houver uma política efetiva de regulação de preços e se acabarmos com os oligopólios no fornecimento dos insumos agrícolas”, disse.

O parlamentar esclareceu ainda que nunca foi contra o meio ambiente e que continuará mantendo o diálogo com todos os setores. “Ninguém é contra, aliás, o novo Código Florestal brasileiro teve como base de estudo a experiência que tivemos em Mato Grosso, quando as decisões foram tomadas com produtores, governo e ambientalistas e resultaram no MT Legal. Nesta nova gestão, buscaremos soluções ágeis e, certamente, isto só será possível por meio do diálogo”, assegurou.

Maggi também destacou sua preocupação com o setor de modo geral que, hoje, sustenta a economia nacional. “O agronegócio é a atividade que responde pelo superávit da balança comercial brasileira tendo participação na metade do PIB (Produto Interno Bruto) brasileiro. Então, é um setor que não pode, sob hipótese alguma, entrar em crise.”

O PP, antigo PPB (Partido Progressista Brasileiro), foi o primeiro partido em que Maggi esteve filiado, em 1994, quando assumiu a vaga de suplente do saudoso senador Jonas Pinheiro.

 

CADASTRO AMBIENTAL RURAL

Ainda nesta quarta-feira (11), o futuro ministro defendeu a prorrogação do Cadastro Ambiental Rural (CAR) para todos os imóveis rurais, independente do tamanho. Para ele, “não faz sentido deixar uma parcela dos produtores rurais à margem da lei”.

“Eu tinha certeza absoluta que o tempo que fora disponível para fazer isso não seria suficiente. E não adianta nós deixarmos à marginalidade do processo. Sem perder nenhum benefício, todos queremos que o setor produtivo seja eficiente e esteja dentro das regras. Não vamos fechar as portas para aqueles que ainda não vieram”, destacou Maggi.

 

TRANSIÇÃO

O senador comunicou também que vai procurar a atual ministra do Mapa, Kátia Abreu, para uma transição. “Sou amigo pessoal de Kátia Abreu. A agricultura foi muito bem representada por ela. Não teria dificuldades em ligar para ela”, disse o senador, conforme publicação do jornal O Globo.

 

 

Fonte: Da redação com informações da assessoria parlamentar e jornal O Globo

Facebook
Twitter
LinkedIn
WhatsApp