A Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) disse, em nota distribuída há pouco, que a insegurança jurídica diante das indefinições em torno da nova tabela de frete “gera consequências diretas ao consumidor final”. Hoje em Brasília o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Luiz Fux decidiu manter suspensas as decisões das instâncias inferiores sobre o assunto. A posição foi tomada após mais de duas horas de audiência pública, no qual foram ouvidos representantes do governo, das empresas e dos caminhoneiros. “Com a tabela em vigor, a questão é ainda mais grave para o consumidor, pois afeta diretamente o preço dos alimentos”, afirma a ABPA. A entidade defende a rediscussão do tema.
“O tema do frete mínimo impacta diversos setores da economia, em especial a avicultura e a suinocultura, que contam com categorias próprias de frete dedicado e exclusivo. Com a nova tabela proposta, o custo logístico apresenta uma elevação média de 35%, chegando próximo de 80% em algumas modalidades, como o transporte de ração”, afirma a entidade.
Segundo a nota, os preços do milho e da soja, principais insumos da alimentação das indústrias, “atingiram em agosto elevação média de, respectivamente 53% e 43% com relação ao mesmo mês do ano passado”. “Com a somatória destes fatores, tabelamento de frete e elevação dos custos de produção, os impactos nas carnes e outros produtos de aves e de suínos para o consumidor tendem a superar 15%”, enfatiza.
Fonte: Broadcast Agro