Pelo IGP-DI da Fundação Getúlio Vargas, depois de um recuo em julho (-0,39%), a inflação voltou a crescer, registrando expansão de 0,43% em agosto.
Comparativamente a esse resultado, frango vivo e ovo tiveram desempenhos opostos no mês, o frango obtendo valorização de 7,16% e o ovo enfrentando uma redução de 3,28%. Já o milho apenas acompanhou a inflação, com relativa estabilidade de preço em relação aos meses anteriores.
Porém, a variação moderada do milho fica restrita ao mês. Pois no ano ainda acumula variação próxima de 24% (contra 6% de inflação), em 12 meses de 56% (inflação: 11%); e no Plano Real, de cerca de 500% (perde, mas por muito pouco, da inflação de 547%).
Frango e ovo, quando não perdem para a inflação, perdem para sua principal matéria-prima. Começando pelo frango: no ano, evolução de apenas 3,3%, contra mais de 23% do milho e 6% da inflação; em 12 meses, evolução de 17%, com o que ganha da inflação, mas fica muitíssimo aquém do milho. E, no Plano Real, evolução de, aproximadamente, 427%, índice inferior ao do milho e da inflação.
Se, na vigência do real, o frango vivo conseguisse manter com o milho e a inflação a mesma paridade de 1994, teria alcançado valores entre R$ 3,60/kg e R$3,88/kg. Mas seu preço médio no mês foi de R$ 3,16/kg.
De sua parte, o ovo – que até julho registrou boa evolução de preços – obteve novo índices de rendimento que superam milho e inflação. Mas em 12 meses supera apenas a inflação. Já no Plano Real, fechou agosto tendo o mais fraco desempenho dos quatro itens analisados.
Assim, mantida a mesma paridade de preços de 1994, em relação ao milho o ovo teria sido comercializado, no mês passado, por algo em torno de R$ 115,00/caixa. Já em relação ao IGP-DI acumulado desde então deveria ser cotado por valor próximo de R$ 125,00/caixa. Ficou a não mais que R$ 84,00/caixa.
Fonte: AviSite