Depois de reagir em setembro e se manter firme em outubro, o Índice de Produção Agroindustrial Brasileira (PIMAgro) calculado pelo Centro de Estudos em Agronegócios da Fundação Getúlio Vargas (FGV Agro) voltou a recuar em novembro, pressionado pela queda das atividades no segmento de produtos não-alimentícios, sobretudo florestas.
Segundo cálculos recém-concluídos, o indicador fechou o mês com baixa de 1,10% na comparação com novembro de 2018, contra uma contração da indústria em geral no País de 1,70%. Assim, no acumulado deste ano o crescimento do PIMAgro diminuiu para 0,30%. O indicador é baseado em dados da Pesquisa Industrial Mensal (PIM-PF) do IBGE e nas variações do Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-BR), da taxa de câmbio e do Índice de confiança do Empresário da Indústria de Transformação (ICI) da FGV.
Com a melhora na economia, o grupo de produtos alimentícios e bebidas, que havia crescido 10,60% em outubro ante o mesmo mês do ano passado, voltou a registrar variação positiva em novembro, embora bem menor (0,40%). O suporte veio do avanço de 6,80% observado na área de bebidas, já que houve queda de 1,30% no caso dos alimentos.
Entre os produtos alimentícios que compõem o PIMAgro, houve desempenho negativo, na comparação, entre os de origem vegetal (5,10%), incapaz de ser compensado pelo crescimento observado entre os de origem animal (0,70%). Nas bebidas, houve aumentos tanto no segmento das alcoólicas (7,80%) quanto no mercado das não-alcoólicas (5,70%).
No grupo de produtos não alimentícios, entretanto, novembro foi mais um mês de retração (2,80%). A maior pressão veio da área de produtos florestais (queda de 5,50%), seguida pelos retrocessos dos insumos (3,20%), dos produtos têxteis (2,20%) e da borracha (2,10%). Biocombustíveis e fumo, em contrapartida, voltaram a registrar variações positivas – 3,90% e 0,90%, respectivamente.
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