FGV: produção agroindustrial caiu 5,60% em março

O Índice de Produção Agroindustrial Brasileira (PIMAgro) calculado pelo Centro de Estudos em Agronegócios da Fundação Getúlio Vargas (FGV Agro) confirmou as expectativas e registrou queda expressiva em março, quando de fato começaram a ser sentidos no País os reflexos negativos da pandemia da Covid-19.

Segundo cálculos recém-concluídos, a retração foi de 5,60% em relação ao mesmo mês do ano passado, determinada sobretudo por uma queda de 9,40% no segmento de produtos não-alimentícios, puxada pela área de têxteis, que recuou 22%.

No ramo de produtos alimentícios e bebidas houve variação negativa de 1,90%, definida por uma retração de 18,70% no setor de bebidas.

O PIMAgro é baseado em dados da Pesquisa Industrial Mensal (PIM-PF) do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), e nas variações do Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-BR), da taxa de câmbio e do Índice de confiança do Empresário da Indústria de Transformação (ICI) da FGV.

Com o resultado de março, destacou o FGV Agro, “a produção agroindustrial do primeiro trimestre do ano foi ‘empurrada’ para o campo negativo” e, no período, o índice registrou queda de 1,20% na comparação com o período de janeiro a março de 2019.

O cenário negativo decorrente do novo Coronavírus sobre as economias brasileira e global fará de 2020 um ano para ser esquecido pelas agroindústrias, por mais que em algumas frentes, como a de alimentos básicos, os problemas sejam menores.

Como já informou o Valor, o FGV Agro estima queda de 3,40% no setor, levando em consideração as baixas de 4,40% do Produto Interno Bruto (PIB) e de 10% da confiança do empresariado, além de estagnação no valor das exportações.

 

Valor Econômico

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