FGV prevê avanço das agroindústrias

Puxado pelos segmentos de fumo, têxteis, borracha e insumos, o Índice de Produção Agroindustrial Brasileira (PIMAgro) calculado pelo Centro de Estudos em Agronegócios da Fundação Getúlio Vargas (FGV Agro) registrou aumento expressivo em dezembro. Com isso, a variação acumulada negativa de 2020, determinada por fortes quedas nos primeiros meses de pandemia, ficou limitada a 1,10%. Para 2021, a expectativa é de alta de 5%.

“Uma retração dessa magnitude, em um ano tão atípico como foi 2020, pode ser considerada uma boa notícia. E a agroindústria, de forma geral, iniciou 2021 em trajetória de recuperação, uma vez que nos últimos seis meses do ano passado registrou taxas interanuais de crescimento positivas”, informou o FGV Agro.

O PIMAgro é baseado em dados da Pesquisa Industrial Mensal (PIM-PF) do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e nas variações do Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-BR), da taxa de câmbio e do Índice de confiança do Empresário da Indústria de Transformação (ICI) da FGV.

 

Em dezembro passado, graças aos avanços observados nas áreas de fumo (48,30%), têxteis (20%), borracha (18,70%) e insumos (14,50%), os produtos não-alimentícios que compõem o indicador subiram 13% em relação ao mesmo mês de 2019 e determinaram a alta de 5,30% do PIMAgro.

No grupo formado por alimentos e bebidas, houve queda de 0,70%, definida pela retração de 1,70% dos alimentos. Na área de bebidas houve uma variação positiva de 2,40%.

Para o aumento da ordem de 5% previsto para 2021, o FGV Agro estima que haverá aumentos tanto para o grupo de produtos não-alimentícios (7%) quanto na área de alimentos e bebidas (3,10%). Mas isso se o controle da pandemia for “razoavelmente efetivo ao longo do ano” e se não ocorrer nenhum evento político “severamente adverso”.

O centro também trabalha com um cenário de alta do Produto Interno Bruto (PIB) do País, manutenção da confiança do empresário industrial no patamar de dezembro, exportações aquecidas de alimentos e bebidas e aumento das importações de produtos não-alimentícios.

 

Valor

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