Produtores, corretores e empacotadores registraram ontem mais de 40.000 sacas vendidas para o Preço Nacional do Feijão (PNF).
Não há pretensão em reportar todas as vendas deste mercado gigante, mas o suficiente para que haja uma referência. A boa demanda desta quarta-feira serviu para que os fomentadores de “fake news” no mercado ficassem em silêncio.
Demostravam que estavam confiantes, até poucos dias, na queda dos preços do feijão-carioca junto ao produtor, mas quem já acompanha de perto o dia a dia do mercado percebeu alguns motivos para que qualquer recuo não seja consistente e o viés de alta continue. A saber:
1 – Não há armazéns com estoques espalhados pelas regiões produtoras, algo que acontecia nesse período com frequência em outros anos;
2 – A safra paulista já passa, segundo estimativas, de 60% colhido, e destes, mais de 50% está comercializado;
3 – Ninguém discute o atraso no plantio do Paraná e a Secretaria de Agricultura daquele estado já admite diminuição também na produtividade;
4- O feijão subiu durante o ano e chegou a ser vendido, segundo o Instituto de Economia Agrícola (IEA), nas gôndolas, a R$ 8,16 por quilo (preço médio em São Paulo no mês de junho). Sendo assim, há espaço para reagir 15 % até que volte a ter o preço de junho e passar a ser manchete nas mídias populares;
5 – Dizer que o consumo vai cair se subir o preço é desnecessário, uma vez que ele sobe justamente para diminuir o consumo e equilibrar o que há disponível com o consumo;
6 – Sempre que a imprensa em geral noticia que os preços estão subindo, dispara a demanda e sustenta as reações no campo.
Fonte: Ibrafe
Equipe SNA