Após se recuperar de forma paulatina nas últimas semanas – chegou a ser comercializado a R$ 192,50 a saca de 60 quilos –, o feijão carioca se manteve estável. O grão começa a sofrer as consequências das festividades de fim do ano, como já é de costume em todas as commodities, pois a demanda diminui de forma significativa.
“O final do ano terminaria assim independente da realidade”, afirma o analista de Safras & Mercado Mahal Terra. O volume ofertado está bem diferente do que se esperava e a semana encerrou com média de 700 toneladas em oferta.
Mesmo permanecendo estáveis, as cotações do feijão carioca estão bem favoráveis ao produtor. “Se compararmos todo o ano de 2014, poderemos ver nos próximos meses e, consequentemente, em 2015 uma reaproximação do produtor, que havia trocado o cultivo da leguminosa por outras culturas”, comenta Terra.
O feijão carioca de melhor qualidade, o extra 9,5, não foi cotado no final da semana. Como já havia acontecido, o extra nota 9 tornou-se o melhor feijão, sendo comercializado a R$ 182,50 a saca de 60 quilos no decorrer da semana. Já o feijão carioca especial nota 8,5 sofreu uma variação de 94,3% em relação ao mesmo período do mês anterior é comercializado a R$ 170,00.
O carioca comercial nota 8 variou um pouco menos que o anterior, vendido no mês passado 87,9% mais barato, mas hoje com preço de R$ 155,00 a saca. O feijão comercial nota 7 também sofreu um grande impulso e é negociado por R$ 105,00 a saca. Por fim, o feijão carioca semi-novo seguiu a mesma tendência, com incremento de 70% em relação ao mês anterior, ofertado a R$ 85,00 a saca.
Feijão preto registra novos aumentos
O feijão preto seguia calmo e estável no decorrer das semanas anteriores. Entretanto, já na semana passada apresentou avanço. Nesta, o grão estendeu os ganhos e o feijão preto extra subiu para R$ 152,50 a saca de 60 quilos, igual ao mesmo período do ano anterior, mas 7,3% superior ao mesmo período de novembro. Já o feijão preto especial é negociado em média a R$ 122,50 a saca de 60 quilos, inalterado frente ao mês passado e 20% mais barato ante 2013.
De acordo com o analista de Safras & Mercado Mahal Terra, a demanda segue calma, mas com grande chance de subir devido à valorização do dólar. Nesta última semana, a moeda estadunidense chegou a ser cotada em máximas de quase dez anos. A oferta atual de feijão preto no atacado paulista é proveniente da Argentina.
Fonte: Agência Safras
