Momentos de incertezas, como agora, lembram a todos que o mercado do feijão carioca vem passando por mudanças importantes. Lembram também que as verdades absolutas podem se tornar relativas. Somente o tempo dirá se são negativas ou positivas.
Por exemplo, feijão que perde a cor mais lentamente é ótimo, permite armazenagem. Sim, é verdade, mas será que, por outro lado, acaba por dificultar as previsões, uma vez que o produto aparentemente consumido pode estar armazenado e aparecer, de um momento para o outro, para ser comercializado?
Como diminuir os riscos? Lembrando, sempre, que há momentos de calmaria no mercado e, portanto, o produtor precisa estar atento e aproveitar para vender quando os compradores voltam. Se a sua opção é especular, a experiência mostra que é melhor fazer isso com apenas parte de sua produção.
O preço médio tem permitido o equilíbrio das contas. Se todos esperam pra vender no “pico”, das duas, uma: ou todo mundo tem o mesmo valor-alvo e sai para as vendas empurrando os preços para baixo ou simplesmente há um recuo dos compradores que concluem que, para pagar mais caro, é melhor esperar.
Com isso, vários produtores ontem preferiram aceitar ofertas entre R$ 115,00 para nota 8, até R$ 125,00, em Minas Gerais e em Goiás. Dias atrás, um experiente produtor afirmou o óbvio: para chegar a qualquer patamar, é melhor ir de R$ 5,00 em R$ 5,00, pois tudo que sobe muito rápido cai também rápido.
Fonte: Ibrafe