Fed eleva juros e indica ritmo mais rápido de altas em 2017

O Federal Reserve elevou a taxa de juros em 0,25% nesta quarta-feira. 14 de dezembro, e sinalizou um ritmo mais rápido de altas em 2017, à medida que a administração de Donald Trump assume com promessas de impulsionar o crescimento por meio de cortes de impostos, gastos e desregulação.

A alta da taxa, dada como praticamente certa pelos mercados financeiros em meio a uma série de relatórios econômicos em geral robustos, elevou a meta da taxa básica de juros em 0,25%, para entre 0,50% e 0,75%.

“Em vista do que foi percebido e esperado para as condições de mercado de trabalho e inflação, o comitê decidiu aumentar a faixa (de juros)”, informou o Comitê de Política Monetária (FOMC) do banco central dos EUA em sua declaração unânime depois da reunião de dois dias.

“Os ganhos de emprego têm sido sólidos nos últimos meses e a taxa de desemprego diminuiu”, informou o FOMC, observando que as medidas de compensação inflacionária com base no mercado haviam subido “consideravelmente”.

Mais significativo foram as novas previsões dos integrantes do FOMC que indicaram que o atual ritmo de aumento dos juros de uma vez por ano deve se acelerar no próximo ano.

Com o presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, planejando rodada simultânea de cortes de impostos e aumento de gastos com infraestrutura, os integrantes do FOMC mudaram suas perspectivas para crescimento ligeiramente mais rápido, menor desemprego e inflação pouco abaixo do objetivo de 2% do Fed.

A perspectiva mediana do Fed para os juros subiram para três aumentos de 0,25% em 2017, contra duas altas previstas em setembro. Essa alta seria seguida por outros três aumentos tanto em 2018 como em 2019, antes que a taxa vá para o “normal” de longo prazo de 3%.

Esse nível normal é ligeiramente superior ao de três meses atrás, num sinal de que o Fed acredita que a economia ainda está ganhando força.

O Fed continuou descrevendo esse ritmo como “gradual”, mantendo a política ainda ligeiramente frouxa e dando suporte para alguma melhoria adicional no mercado de trabalho. O banco central norte-americano vê o desemprego caindo para 4,5% no próximo ano e permanecendo nesse nível, que é considerado próximo ao pleno emprego.

 

Fonte: Reuters

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