Faturamento do biodiesel tem expansão semelhante ao etanol de milho

Ao ser completada a entrega de biodiesel em outubro, nos volumes negociados no último leilão, o setor terá movimentado R$ 12.3 bilhões – quase 90% de tudo que foi comercializado em 2018. Porém, mais importante que ao menos empatar com o ano passado é o crescimento da base produtora, visando ao aumento da mistura em 2020 e, na sequência, aos novos mandatos autorizados a cada 12 meses.

Hoje está em vigência o B11, mistura de 11% de biocombustível ao diesel. A Agência Nacional de Petróleo, Gás e Biocombustíveis (ANP) prevê 12% a partir de março de 2020, até bater no B15 em 2023.

Relatório da União Brasileira do Biodiesel e Bioquerose (Ubrabio), enviado ao Money Times, indica que, das 39 unidades produtoras (29 empresas), oito novas usinas estão em construção, que irão somar 1.4 milhão de metros cúbicos ao sistema, e outras nove estão em ampliação (mais 755.000 m3).

Das que estão em operação, duas entraram recentemente ao mercado e cinco alavancaram mais sua produção. O padrão de expansão de unidades produtoras segue quase que igual a curva de alta de novas usinas de etanol de milho.

A contabilidade do sistema atual e de como ficará, segundo a Ubrabio, é mais que suficiente para suportar o aumento da demanda. Em 2020, pelo B12, a estimativa da ANP é um consumo de 9.2 bilhões de litros.

Matérias-primas

Do total produzido até agosto, com mais de 2.8 milhões de toneladas de matérias-primas, a soja mantém a liderança com folga, seguida da gordura bovina. Segundo o relatório da Ubrabio, foram 1.966 milhão de toneladas, enquanto o ano passado todo a oleaginosa representou pouco mais de 3.295 milhões de toneladas.

Os outros itens convertidos são óleo de algodão, óleo de fritura, gordura de porco, gordura de frango, óleo de palma, óleo de dendê, óleo de milho, óleo de canola e outros materiais graxos.

 

União dos Produtores de Bioenergia

 

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