Balança Comercial do agronegócio: exportações crescem 23,7% em setembro

As exportações brasileiras do agronegócio aumentaram 23,7% em setembro, em relação ao mesmo mês de 2016. Os embarques somaram US$ 8.56 bilhões, contra US$ 6.92 bilhões de setembro do ano anterior. Com importações de R$ 1.14 bilhão, o setor registrou superávit de US$ 7.41 bilhões. O agro representou 45,8% das exportações totais brasileiras no mês passado.

Os números constam da Balança Comercial do agro, divulgada nesta segunda-feira (16/10) pela Secretaria de Relações Internacionais do Agronegócio (SRI) do Ministério da Agricultura, Pecuária e Agricultura (Mapa).

O crescimento de US$ 1.64 bilhão nas vendas externas foi puxado pelo complexo soja (US$ 938.74 milhões); cereais, farinhas e preparações (US$ 436.17 milhões); produtos florestais (US$ 158.72 milhões); fibras e produtos têxteis (US$ 55.50 milhões) e carnes (US$ 42.50 milhões).

As vendas externas do complexo soja, de carnes, do setor sucroalcooleiro, de produtos florestais e de cereais, farinhas e preparações totalizam US$ 6.76 bilhões em vendas externas, com participação de 79% no total das exportações do agronegócio em setembro de 2017.

Valor exportado

Em relação ao valor exportado, o complexo soja foi o principal setor, somando US$ 2.02 bilhões em exportações. O montante representou acréscimo de 86,9% em valor, em relação ao mesmo mês do ano anterior. A soja em grão foi responsável por esse aumento nas vendas externas do setor, visto que representou 79,6% do total, com US$ 1.61 bilhão (+165,5%).

A quantidade embarcada foi de 4.27 milhões de toneladas, ou seja, 196% de crescimento, representando recorde para o mês de setembro. As vendas de farelo somaram US$ 389.08 milhões e 1.16 milhão de toneladas. Assim como o grão, houve ampliação tanto do valor (+ 6,1%) quanto da quantidade embarcada de farelo (+ 27,1%), apesar da queda no preço médio (- 16,5%).

O setor de carnes ocupou a segunda posição no ranking de setores exportadores do agronegócio, com US$ 1.38 bilhão, dos quais a carne de frango representou 45,8% (US$ 630.65 milhões). As exportações de carne de frango in natura alcançaram US$ 568.60 milhões, com recorde em quantidade: 355.240 toneladas.

As vendas de carne bovina foram de US$ 554.95 milhões, isto é, 17,7% superiores ao que foi registrado em setembro de 2016. Também houve aumento em quantidade (+17,1%, de 115.670 para 135.390 toneladas) e preço (+0,5%, de US$ 4.077,00 para US$ 4.099,00 por tonelada).

As exportações do complexo sucroalcooleiro foram de US$ 1.36 bilhão. O açúcar foi responsável por quase toda o montante registrado nas vendas do setor, com 94,4% (US$ 1.28 bilhão). A quantidade embarcada de açúcar de cana em bruto alcançou o recorde de 2.95 milhões de toneladas no mês de setembro (+ 9,3%). Apesar da queda em quantidade (- 1,8%), houve ampliação do valor em vendas de álcool (de US$ 73.85 em setembro de 2016 para US$ 75.62 milhões no mesmo mês de 2017).

As vendas externas de produtos florestais somaram US$ 1.03 bilhão, levando o setor a ser o quarto principal exportador do agronegócio em setembro. As exportações de celulose, principal produto da cadeia, alcançaram o recorde para o mês de setembro, com US$ 560.33 milhões (+ 19,4%). As vendas de madeiras e suas obras e papel, por outro lado, apresentaram crescimento em valor de 23,2% e 7,5%, respectivamente.

Já os embarques de cereais, farinhas e preparações totalizaram US$ 974.92 milhões, principalmente por causa do milho. O cereal foi responsável por 93,9% do valor exportado pelo setor, com registros recordes para setembro tanto em valor, como em quantidade: US$ 915.59 milhões (+ 86,4%) e 5.91 milhões de toneladas (+103%).

Ásia e China

A Ásia se manteve como principal destino das exportações do agro brasileiro, com US$ 3.83 bilhões. Em função do aumento das vendas de soja em grão do Brasil (de US$ 487.22 milhões para US$ 1.47 bilhão; + 202,5%) houve aumento de 40,6% em exportações para a região, de modo que sua participação aumentou para 44,8% do total.

Já entre os países, o principal importador do agro brasileiro foi a China. A soja em grão contribuiu para a manutenção daquele mercado como principal destino do agronegócio do Brasil, com US$ 1.85 bilhão em aquisições, dos quais US$ 1.31 bilhão foi somente da oleaginosa. Essa cifra representou um crescimento de 272,1%. Sendo assim, a participação chinesa passou de 12,2% para 21,6% no período.

 

Fonte: Ministério da Agricultura, Pecuária e Agricultura

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