Os embarques totais de suco de laranja brasileiro (FCOJ equivalente a 66º Brix), no primeiro trimestre da safra 2019/2020, tiveram aumento de 33% em relação ao mesmo período da safra passada. Nesta temporada, as exportações somaram 291.767 toneladas, contra as 218.768 do período 2018/2019. Em faturamento, os embarques do período somaram US$ 508.4 milhões, 23% acima dos US$ 414.7 milhões obtidos na safra anterior.
Para a União Europeia, principal destino do suco de laranja brasileiro, as exportações totalizaram 225.462 toneladas, com aumento de 56% em relação às 144.299 toneladas embarcadas no mesmo período 2018/2019. Em faturamento, os embarques somaram US$ 401.5 milhões, 48% acima dos US$ 271.145 milhões no mesmo período de 2018/19.
As exportações para os Estados Unidos caíram: entre os meses de julho e setembro, foram embarcadas 37.106 toneladas de suco de laranja, 16% abaixo das 44.238 toneladas exportadas no mesmo período da safra anterior. Em faturamento, a queda atual representou 32%, com US$ 57.8 milhões contra os US$ 84,5 milhões obtidos entre os meses de julho e setembro de 2018.
“Com maior disponibilidade de suco na praça por causa da grande oferta e com preços depreciados, essa recuperação era uma possibilidade. Porém, temos de ponderar que a base é baixa, visto que no ano passado as exportações não tiveram um bom desempenho”, disse o diretor-executivo da CitrusBR, Ibiapaba Netto.
Japão e China continuam ocupando a posição de terceiros e quartos principais importadores do suco de laranja nacional. Para o Japão, houve queda de embarques na comparação com o primeiro trimestre do ano passado. Nesta temporada, já foram embarcadas 13.270 toneladas, 10% menos que as 14.697 toneladas na temporada anterior. Em faturamento, a queda foi de 19%, com US$ 22.4 milhões nesta safra, contra os US$ 27.6 milhões na safra passada.
Já para a China, os embarques aumentaram de forma considerável no período. Foram 9.125 toneladas de suco de laranja, 74% a mais que os embarques registrados no primeiro trimestre de 2018, de 5.255 toneladas. O faturamento foi de US$ 13.154 milhões, cerca de 17% acima dos US$ 11.286 milhões do primeiro trimestre da safra 2018/2019.
“Sem dúvida, é muito bom que o ano comece nesse ritmo. Precisamos torcer para que os embarques continuem nesse ritmo até o fim deste ano safra”, afirmou Netto.
Suco Concentrado e Congelado (FCOJ)
Nos primeiros três meses da safra 2019/2020, os volumes de suco concentrado congelado (FCOJ) exportados para todos os destinos, totalizaram 227.566 toneladas – 38,50% a mais que o volume embarcado no mesmo período do ano passado, de 164.252 toneladas. Em faturamento, o FCOJ obteve no atual período, US$ 383 milhões, ou seja, 23,40% acima dos US$ 310.2 milhões.
Para a União Europeia, 175.913 toneladas de FCOJ foram embarcadas no período de julho até setembro – 65,80% a mais que as 106.042 toneladas exportadas no primeiro trimestre da safra 2018/2019. Em faturamento, o período somou US$ 303.1 milhões, 51% acima dos US$ 200.6 milhões.
Já para os Estados Unidos, foram embarcadas 22.465 toneladas de FCOJ no primeiro trimestre, uma queda de 19,70% em relação ao mesmo período do ano passado, quando o Brasil exportou 27.991 toneladas para o país. Nesta temporada, o faturamento somou US$ 30.9 milhões, 39% abaixo dos US$ 50.7 milhões da safra anterior.
NFC (Not From Concentrate)
As exportações de NFC, para todos os destinos, também aumentaram nos primeiros três meses da safra 2019/2020, quando comparado ao mesmo período da safra 2018/2019. Em volume, o aumento foi de 14,82%, com 353.105 toneladas contra as 307.526 toneladas. Em faturamento, foram obtidos US$ 125.3 milhões, 20% acima dos US$ 104.4 milhões no mesmo período da safra anterior.
Para os países da União Europeia, foram exportadas 272.524 toneladas – 26,28% a mais que as 215.809 toneladas embarcadas entre julho e setembro de 2018. Em faturamento, estes embarques somaram US$ 98.3 milhões, ou seja, 39,51% acima dos US$ 70.512 milhões. “O suco não concentrado tem sido a grande estrela das exportações brasileiras”, disse Netto.
Para os Estados Unidos, os embarques de NFC no primeiro trimestre de 2019/2020 registraram queda: 80.526 toneladas de suco não concentrado seguiram para este destino, o que representa uma queda de 12,14% na comparação com o mesmo período da safra passada, quando foram exportadas 91.649 toneladas. Em faturamento, a baixa foi de 20,23%, com US$ 26.9 milhões, contra US$ 33.8 milhões.
“A safra americana se recuperou de forma bastante consistente. Dessa forma era esperado que houvesse algum tipo de impacto sobre as exportações brasileiras”, afirmou o executivo.
CitrusBR