O volume das exportações brasileiras de soja e milho continua a confirmar as expectativas e a caminhar para novos recordes neste ano. Embalados por colheitas recorde no país na safra 2016/17, os embarques da oleaginosa vão superar com folga a marca de 60 milhões de toneladas, ao passo que os do cereal tendem a somar, na pior das hipóteses, 30 milhões.
Levantamento da Associação Nacional dos Exportadores (Anec) baseado nas cargas que efetivamente já partiram dos portos apontou que, em julho, os embarques de soja para o exterior atingiram 6.4 milhões de toneladas – 1.5 milhão de toneladas a mais que no mesmo mês de 2017, e já alcançaram 51.9 milhões de toneladas nos primeiros sete meses do ano, com aumento de 17% em relação a igual período de 2016.
A entidade estima que os embarques ficarão entre 61 milhões e 62 milhões de toneladas este ano, mas o volume poderá ser até maior. A Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais (Abiove), que representa grandes tradings, elevou a sua estimativa para 64 milhões de toneladas em relatório divulgado na sexta-feira – um milhão de toneladas a mais que o estimado no fim de junho e volume 24% superior ao do ano passado.
Nos cálculos da Abiove, as exportações do grão vão render US$ 23.4 bilhões em 2017, um aumento de 22,8% em relação a 2016. Somando-se farelo e óleo, os embarques do chamado “complexo soja” deverão chegar a US$ 29.7 bilhões neste ano, 16,9% acima do ano passado.
Enquanto os volumes das exportações de soja começam a diminuir, dado o forte ritmo dos últimos meses, os de milho colhido na segunda safra já apresentam aumento expressivo. Segundo a Anec, somaram 3.3 milhões de toneladas em julho, contra menos de um milhão de toneladas em junho e 2.3 milhões de toeladas em julho de 2016. Segundo a entidade, foi o maior volume de milho já embarcado em um mês de julho, e as exportações totais tendem a chegar a 30 milhões de toneladas no ano. Algumas consultorias, porém, já preveem 34 milhões de toneladas.
Fonte: Valor Econômico