As exportações brasileiras de carne de frango devem encerrar 2022 com um total de 4.7 milhões de toneladas, podendo chegar até 4.9 milhões de toneladas, estima a Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), o que significa um aumento de até 6% na comparação com o volume exportado em 2021 (4.61 milhões de toneladas).
Na estimativa da ABPA, a produção em 2022 deve ficar entre 14.350 milhões e 14.5 milhões de toneladas (+ 1% em relação a 2021).
O presidente da ABPA, Ricardo Santin, informou que o aumento da demanda deve manter o ritmo observado desde o início do ano, com importantes players elevando suas compras. “Observamos a demanda aumentando por parte dos Emirados Árabes Unidos, União Europeia e Arábia Saudita”, disse.
Ele afirmou, ainda, que a ausência da Ucrânia nas exportações da proteína tem feito com que outros mercados busquem o produto do Brasil.
Próximo ano
Para 2023, a estimativa da associação é de que a produção totalize um volume de 14.6 milhões de toneladas, podendo chegar até 15 milhões de toneladas, com as exportações estimadas entre 5 milhões e 5.2 milhões de toneladas, um aumento de até 6% em relação a este ano.
Segundo Santin, os casos de gripe aviária no Hemisfério Norte, bem como a guerra na Ucrânia, devem continuar beneficiando o setor brasileiro. “Permanecem os elementos estruturais nos mercados para os quais enviamos a proteína. O que deve manter a forte demanda pelo produto brasileiro”, indicou o executivo.
Suínos
A ABPA estimou ainda que as exportações brasileiras de carne suína devem terminar o ano de 2022 com um total entre 1.05 milhão e 1.10 milhão de toneladas, uma queda de até 3% na comparação com o registrado no ano passado.
Santin disse que a produção nacional em 2022 deve aumentar até 5% em relação a 2021 e ficar entre 4.85 milhões e 4.95 milhões de toneladas.
A ABPA estima um aumento de 9% nos embarques em 2023, de 1.15 milhão de toneladas até 1.2 milhões de toneladas. Para a produção, a estimativa é de que se situe entre 5.05 milhões de toneladas e 5.1 milhões de toneladas.