Pela primeira vez na história, as exportações do feijão brasileiro ultrapassaram a marca das 200.000 toneladas. A informação foi divulgada pelo presidente do Ibrafe (Instituto Brasileiro do Feijão e dos Pulses), Marcelo Lüders.
“Consumidores dirão que, se não tivesse exportado, não teriam pago mais caro durante o ano pelo feijão lá no supermercado. Porém, se não fosse a exportação, ou a possibilidade de exportar, talvez o produtor não tivesse plantado”, argumenta o dirigente, ao explicar a importância da marca atingida.
Para os produtores, ressalta Lüders, a “verdade é que, se houvesse aqui, no mercado interno, mais três milhões de sacas de feijões para serem escoadas somente dentro do mercado interno, talvez demorasse muito para ser absorvido. Assim, o setor embolsou mais de R$ 1 bilhão”.
“É para isso que a exportação deve ser trabalhada, para que o produtor possa investir tranquilamente, gerando excedentes, atendendo o mercado interno e tendo liquidez para continuar produzindo”, destaca o presidente do Ibrafe.
“Imagine se tivessem plantado feijão carioca. Estariam com os nervos à flor da pele, afinal, o mercado está andando de lado nos últimos 60 dias.”
Ainda segundo o Ibrafe, poucos negócios foram reportados no mercado do feijão brasileiro nessa semana, com muitos produtores fora do mercado, esperando por momentos de preços melhores. Ao perceberem que os produtores se colocaram um pouco mais resistentes, os compradores nas lavouras de São Paulo resolveram recuar.
Fonte: Agrolink