Com um mercado externo amplamente favorável ao produto brasileiro, inclusive com recuperação de preços, volta de um grande cliente, o Egito às compras e aumento das importações da China, Rússia, Irã, Estados Unidos e Arábia Saudita, as exportações brasileiras de carne bovina in natura e processada apresentaram em julho um crescimento de 23% em volume em relação ao mesmo mês do ano passado, sinalizando que o setor pode apresentar equilíbrio e mesmo algum crescimento até o final de 2017.
Em receita, o crescimento foi mais significativo: de 32%. Em julho o Brasil exportou 129.015 toneladas contra 104.989 toneladas em julho do ano passado. A receita, por sua vez, subiu de US$ 408.5 milhões no ano passado para US$ 538.1 milhões neste ano. Este foi o melhor resultado obtido num mês desde março de 2016 quando o Brasil exportou 136.386 toneladas.
As informações são da Associação Brasileira de Frigoríficos (ABRAFRIGO) segundo dados compilados do boletim atualizado do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), através da SECEX/DECEX divulgados na última sexta-feira (06). No acumulado dos sete primeiros meses do ano, no entanto, as exportações continuam 4% abaixo do total obtido neste período em 2016, embora a receita tenha se recuperado e apresentado um crescimento de 1%. Em 2016 foram 818.067 toneladas exportadas até julho enquanto que em 2017 o total foi de 784.963. A receita obtida em 2016 foi de US$ 3.13 bilhões e em 2017 de US$ 3.17 bilhões.
Hong Kong (32.960 toneladas) e China Continental (15.822) continuaram liderando em julho as importações da carne bovina brasileira, seguidos da Rússia (13.086 toneladas), Irã (10.959 toneladas). A surpresa do mês foi o retorno do Egito, que enfrenta problemas cambiais e reduziu muito suas aquisições desde o ano passado, e que comprou no mês 20.323 toneladas.
Numa prova de que, mesmo com os efeitos negativos da Operação Carne Fraca ainda perdurando em alguns mercados, a carne bovina brasileira continua muito competitiva no mercado internacional, de janeiro a julho a China elevou suas compras em 8,9%, a Rússia em 8,4%, o Irã em 18,5%, Estados Unidos em 71,3% e Arábia Saudita em 92%. No acumulado até julho, um total de 65 países compraram mais carne bovina do que em 2016 enquanto que outros 78 diminuíram suas aquisições.
Fonte: Agrolink