As exportações de café verde do Brasil recuaram 14% em outubro na comparação com mesmo mês do ano passado, somando 3.1 milhões de sacas de 60 kg. A informação é do Conselho dos Exportadores de Café do Brasil (Cecafé).
Na delimitação por variedades, os embarques brasileiros do café arábica atingiram 2.8 milhões de sacas no mês passado, com recuo de 12,80% no ano a ano, enquanto as exportações do café robusta somaram 274.000 sacas, com queda de 25,70%.
Considerando o total de café verde, solúvel, torrado e moído, as exportações brasileiras totalizaram 3.4 milhões de sacas em outubro, com queda de 13,10% na comparação anual, acrescentou o Cecafé, ponderando que em outubro de 2018 o Brasil bateu recorde de embarques do produto para o mês.
Segundo relatório da entidade, a receita cambial com as vendas de café em outubro foi de pouco mais de US$ 441 milhões, com baixa de 14,70% em relação a igual período do ano passado, enquanto o preço médio recuou 1,80%, para US$ 128,90 a saca.
Apesar das quedas, o Cecafé acredita que os resultados do mês de outubro são positivos diante dos indicadores de maior consumo global.
“Os volumes exportados para a Europa, bem como para Ásia, América do Norte, América do Sul e África apresentaram um significativo aumento, comprovando mais uma vez a capacidade do País em atender aos mais diversos e exigentes mercados”, disse, em nota, o presidente do Cecafé, Nelson Carvalhaes.
Acumulado no ano positivo
Se os números caíram em outubro, no acumulado de 2019 o País permanece com seu melhor desempenho em cinco anos, com embarques de 34 milhões de sacas nos dez meses do ano, e aumento de 22,80% em relação ao mesmo período de 2018.
O volume é puxado por avanços significativos nas exportações tanto do café arábica quanto do robusta.
O arábica, principal variedade cultivada no Brasil, teve embarques de 27.4 milhões de sacas em 2019 até o momento, com alta de 21,30%, enquanto as vendas do conilon (como é conhecido o café robusta no País) saltaram 58,30%, para 3.3 milhões de sacas.
“O agronegócio do café brasileiro, em especial o setor exportador, tem investido e trabalhado intensamente para atender e dar suporte à alta demanda do mercado consumidor interno e global”, afirmou Carvalhaes.
Os Estados Unidos continuam a ser o principal destino das exportações brasileiras, com 6.5 milhões de sacas importadas em 2019, seguidos pela Alemanha, que importou 5.7 milhões de sacas no acumulado do ano, segundo o Cecafé.
“Todos os principais países consumidores de café brasileiro, exceto o Reino Unido, registraram, no ano civil, aumento na importação do produto brasileiro, comparando com o mesmo período do ano passado”, destacou o conselho de exportadores.
Reuters