O Brasil exportou 3.1 milhões de sacas de café em janeiro deste ano, considerando a soma de café verde, solúvel e torrado & moído. A receita cambial gerada com os embarques no mês foi de US$ 404.13 milhões, o equivalente a R$ 2.2 bilhões de reais, com aumento de 10,20% em relação a janeiro de 2019, levando em conta a conversão em reais.
O preço médio da saca de café foi de US$ 128,41. Os dados são do relatório compilado pelo Conselho dos Exportadores de Café do Brasil (Cecafé).
Com relação às variedades embarcadas, o café arábica representou 84,20% do volume total de café exportado em janeiro, com 2.6 milhões de sacas embarcadas. O café solúvel foi responsável por 8,10% dos embarques no mês, com 254.000 sacas exportadas, e o café conilon (robusta) representou 7,70% de participação nas exportações, o equivalente a 241.500 sacas.
Esta última variedade de café registrou aumento de 7,90% no período em comparação com o volume do café embarcado em janeiro de 2019.
Boa performance
“O mês de janeiro apresentou uma boa performance nas exportações de café, com destaque para o significativo aumento da receita cambial e o melhor resultado do ano-safra (período julho/2020 a janeiro/2021) nos últimos cinco anos, registando um aumento de 17,20% em relação ao mesmo período anterior”, disse Nicolas Rueda, presidente do Cecafé.
Embora tenha apresentado um ritmo menos acelerado, disse Rueda, “o mês de janeiro também se destacou pelo crescimento das vendas de café arábica para os EUA, Bélgica, Colômbia e França, bem como de conilon para a Colômbia, Itália e Argélia.
Segundo o executivo, “esses resultados reafirmam o trabalho competente e qualificado de todo agronegócio do café brasileiro, que junto a seu foco na sustentabilidade, mostra que a demanda se mantém sólida e que o Brasil continuará atendendo aos mais diversos e exigentes mercados do mundo”.
Principais destinos
O principal destino de café brasileiro em janeiro deste ano foram os Estados Unidos, que importaram 692.400 sacas de café (22% do volume total exportado no mês para o mundo). Em segundo lugar ficou a Alemanha, com 532.000 sacas exportadas para o país (16,90% das exportações).
Na sequência estão: Bélgica, com 261.400 sacas (8,30%); Itália, com 195.500 sacas (6,20%); Japão, com 150.000 sacas (4,80%); Colômbia, com 113.000 sacas (3,60%); Federação Russa, com 106.000 sacas (3,40%); Turquia, com 97.300 sacas (3,10%); França, com 84.600 sacas (2,70%), e Canadá, com 75.300 sacas (2,40%).
Desses principais destinos, a Colômbia e a Bélgica se destacaram por registrar aumentos de 237% e 56,40%, respectivamente, em relação ao volume exportado para estes países em janeiro de 2019. Os Estados Unidos também apresentaram aumento de 8,90% em relação ao primeiro mês do ano passado, e a França registrou alta de 7,90%.
Exportações
Com relação às exportações por continente, grupos e blocos econômicos, se destacaram no mês os embarques para os países da América do Norte, que contabilizaram um aumento de 4,60% (798.300 sacas); América do Sul, com alta de 59% (170.500 sacas); América Central, com aumento de 40% (14.400 sacas) e países produtores, com crescimento de 51,30% (199.400 sacas).
Já as exportações de café verde, especificamente, para os países produtores, registraram alta de 117,4%, com o embarque 161.500 sacas para aqueles países.
Cafés diferenciados
O Brasil exportou 500.500 sacas de cafés diferenciados em janeiro (aqueles que têm qualidade superior ou algum tipo de certificado de práticas sustentáveis), representando 15,90% do total embarcado no mês.
A receita cambial dessa modalidade foi de US$ 83.6 milhões, correspondendo a 20,70% do total gerado com os valores da exportação de café, enquanto que o preço médio ficou em US$ 166,99.
Os dez maiores países importadores de cafés diferenciados, que representaram 82,10% dos embarques com diferenciação em janeiro, foram: Estados Unidos, com 118.100 sacas (23,60% do volume total de cafés com diferenciação exportado em janeiro); Alemanha, com 69.700 sacas (13,90%); Bélgica, com 67.000 sacas (13,40%); Japão, com 35.000 sacas (7%); Itália, com 32.500 sacas (6,50%); Canadá, com 22.100 sacas (4,40%); Reino Unido, com 18.800 sacas (3,70%); Suécia, com 18.400 sacas (3,70%); Turquia, com 17.600 sacas (3,50%); e Países Baixos, com 12.000 sacas (2,40%).
Ano-safra 2020/21
Nos sete primeiros meses do ano-safra 2020/21 (julho/2020-jan/2021), o Brasil exportou 27.8 milhões de sacas de café, com aumento de 17,20% em relação ao mesmo período da safra anterior e também com maior volume embarcado para o período nos últimos cinco anos.
Os cafés arábica e robusta no período tiveram alta de 19,10% no volume exportado, com 22.5 milhões de sacas e três milhões de sacas, respectivamente.
A receita cambial com as exportações do período até agora foi de US$ 3.4 bilhões, com aumento de 14,30% em relação a julho/2020-jan/2021, que, convertido em reais, atingiu R$ 118.5 bilhões, com alta de 51,50%. Já o preço médio ficou em US$ 123,78.
Portos
O porto de Santos ocupou em janeiro deste ano a liderança como via de escoamento do café, com 77,40% de participação (2.4 milhões de sacas embarcadas). Os portos do Rio de Janeiro ficaram em segundo lugar, com 17,30% de participação (544.500 sacas embarcadas).
Fonte: Cecafé
Equipe SNA